Preso é agredido por policiais durante revista, diz CNJ

A equipe do mutirão carcerário do Conselho Nacional de Justiça esteve em Mato Grosso do Sul realizando mutirão carcerário. Foi constatado pelo menos um caso de agressão policial a presos. Um detento mostrou as marcas que uma arma elétrica usada pelos policiais fez nas suas costas. Segundo o preso, a agressão ocorreu porque ele se […]

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A equipe do mutirão carcerário do Conselho Nacional de Justiça esteve em Mato Grosso do Sul realizando mutirão carcerário. Foi constatado pelo menos um caso de agressão policial a presos. Um detento mostrou as marcas que uma arma elétrica usada pelos policiais fez nas suas costas.

Segundo o preso, a agressão ocorreu porque ele se recusou a tocar no escudo usado pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) durante uma revista policial ao presídio.

Segundo o diretor da unidade em questão, isso seria um procedimento comum durante as revistas. “Os presos dos outros pavilhões não reclamaram”, disse.

O preso afirmou ter se recusado a tocar no escudo porque temeu futuras represálias de seus colegas de ala, pois, segundo ele, ‘pega mal’ para o ladrão ser humilhado pelo policial.

O detento foi condenado junto com outro colega a 10 dias de “isolamento preventivo” como castigo pela exaltação que sua atitude gerou entre os demais presos. “É preciso encontrar um meio-termo entre a disciplina dentro da prisão e o tato necessário em uma abordagem dessas”, afirmou o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, Márcio Fraga.

O episódio será incluído no relatório da última inspeção a unidades prisionais que o Mutirão Carcerário do CNJ em Mato Grosso do Sul. Ao todo foram analisados 8.675 processos e 992 presos tiveram o direito a benefícios recolhidos. (com informações do Conselho Nacional de Justiça)