Preso bando de “Cara Quadrada” que sequestrou jovens em festa a fantasia

A quadrilha assaltou e sequestrou três jovens quando saíam de uma festa a fantasia em um bar na avenida Afonso Pena, no último dia 10. A intenção era roubar uma caminhonete S10.

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A quadrilha assaltou e sequestrou três jovens quando saíam de uma festa a fantasia em um bar na avenida Afonso Pena, no último dia 10. A intenção era roubar uma caminhonete S10.

A Defurv (Delegacia Especializada em roubos e Furtos de Veículos) apresentou nesta tarde de quinta (17), Shadad Carrilho Nogueira, 20, Gilmar Alexandre Souza Maiotto, 21, João Paulo da Silva Fogaça, 18, Anderson Manoel da Silva , 30, Jéssica Pontes Vaz, 20 e Mariele dos Santos Barreto, 18.

Todos fazem parte da quadrilha que assaltou e sequestrou três jovens quando saíam de um bar na avenida Afonso Pena, na madrugada do último dia 10. A intenção do bando era a de roubar uma caminhonete S10 de propriedade da mãe de uma das vítimas, levar ao Paraguai e vender por cerca de R$ 15 mil, segundo a polícia.

Todas as prisões foram feitas nesta semana nos bairros, Danúbio Azul, Jardim Futurista, Gleba e região. O mando da ação partiu de dentro do presídio de Campo Grande por José Antão Sobrinho, conhecido como “Cara Quadrada”.

O detento entrou em contato com Anderson, para que “contratasse” um motorista para levar a caminhonete ao Paraguai. Porém o mesmo abasteceu a caminhonete com gasolina, sendo que o veículo é a diesel. A S10 estragou e foi encontrada no distrito de Anhaduí, a 60 km de Campo Grande.

Antão possui passagens por furto, tentativa de homicídio, assalto, porte ilegal de arma entre outros. Ele foi monitorado pelo Cigcoe, e daí foram feitas as outras prisões.

A casa utilizada como cativeiro é de propriedade de Mariele, que está grávida de 5 meses e é casada com João Paulo. Na casa de Marieli foram encontrados casacos das vítimas, equipamentos de som, 30 gramas de cocaína e maconha. Ambos também foram autuados por tráfico de drogas.

De acordo com o delegado Cláudio Martins, as abordagem das jovens foram feitas por Gilmar, Shadad, João Paulo e Felipe que utilizaram dois revólveres. Todos foram ao local em um Celta de Shadad, onde foi encontrado o equipamentos de som retirado da caminhonete roubada.

A polícia também procura Felipe de Almeida Rodrigues, 23, Roberta do Prado Terra, 20, que são acusados de participação no crime.

Sequestro

Por volta das 2h20 do último dia 10, J.C.S., 17, N.L.P. 18 e C.R.P. de 19 anos saíam do bar Valentinos onde participavam de uma festa a fantasia de formandos. Ao chegarem próximo a caminhonete, elas foram abordadas por três homens armados.

Um deles disse que levaria o veículo, mas diante da resistência de uma delas, o bandido sacou uma arma e as levaram a um cativeiro, onde permaneceram com as mãos amarradas para trás e com os olhos vendados.

Ainda segundo uma das garotas, neste local havia mais três homens, duas mulheres e até uma criança. Falando ao celular, uma das vítimas ouviu os sequestradores dizerem que levariam a droga para Dourados e depois seguiriam ao Paraguai.

As vítimas ficaram na companhia do bando por cerca de duas horas e meia e foram liberadas amarradas e vendadas, sem o carro, próximo à saída para Cuiabá.

O sequestro foi notado por uma amiga das vítimas. Segundo ela, uma delas pediu a chave do seu carro para pegar alguns objetos mas não retornou para entregá-la antes de ir embora.

Cerca de quase uma hora depois, a amiga notou a demora, saiu da casa noturna e não as viu. Em outro carro foi pra casa, pegou a chave reserva e voltou para buscar o automóvel.

Ao entrar no veículo percebeu que as coisas da amiga ainda estavam lá. Foram feitas várias ligações nos celulares das vítimas e um dava como fora de área e outro não atendia.

Preocupada e percebendo que algo de errado havia acontecido, a jovem acionou policiais das CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Por volta, das 5h, a amiga conseguiu falar com uma delas que contou o que havia acontecido e indicou onde estavam. Policiais da CIGCOE foram ao endereço e encaminharam as vítimas à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde registram o Boletim de Ocorrência. (Colaborou Laura Holsback)

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