Polícia acha drogas, armas e celular em cadeia que abriga 80 encarcerados ao invés de 24
Presos da cadeia de Nova Andradina tinham serrado uma das grades e preparavam a fuga ontem à tarde; delegado abriu investigação para saber como droga entrou no cárcere superlotado
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Presos da cadeia de Nova Andradina tinham serrado uma das grades e preparavam a fuga ontem à tarde; delegado abriu investigação para saber como droga entrou no cárcere superlotado
Policiais civis e militares abortaram ontem uma tentativa de fuga na cadeia pública de Nova Andradina, cidade distante 300 km de Campo Grande. Uma razão que favorece os motins, segundo a polícia, tem a ver com a superlotação. Lá, é comum a cela capacitada para abrigar quatro detentos lotar com 12 presos.
Ontem, dia 1º, policiais militares que cuidam da segurança externa da cadeia, construída perto da delegacia da Polícia Civil de Nova Andradina, perceberam o que chamaram de “movimentação estranha” no pavilhão principal do cárcere.
Os militares acionaram a segurança interna, daí a descoberta da trama de fuga.
Numa das celas os policiais acharam duas serras de ferro gastas, um telefone celular, objetos cortantes e porções de maconha e cocaína.
No espaço reservado para o banho de sol dos encarcerados os policiais acharam uma barra de ferro que havia sido serrada de uma das grades. Eles presumem que a fuga poderia ocorrer ontem à noite.
A cadeia da cidade de Nova Andradina, quinta maior potência econômica de Mato Grosso do Sul, de 45,5 mil habitantes, é composta por cinco celas, sendo que uma delas é reservada aos presos que praticam crimes sexuais.
Nesta manhã o local abrigava seis presos. Noutras quatro celas havia 73 encarcerados. Três policiais militares e um policial civil cuidavam da segurança do local.
O delegado da cidade, também diretor da cadeia, Rinaldo Moreira informou que dois meses atrás pediu à Justiça que ao menos 20 presos fossem transferidos dali, mas até agora sua causa não foi examinada.
O delegado afirmou ainda que abriu uma investigação para apurar o tráfico de droga dentro da cadeia.
A superlotação nas cadeias principalmente no interior do Estado tem sido alertada pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) desde o ano passado.
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