O policial militar João Dias Ferreira, que acusou o ministro do Esporte, Orlando Silva, de receber propina, vai depor nesta terça-feira (18) na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília. O horário do depoimento, segundo a PF, ainda não está confirmado porque Dias não foi intimado e prestará esclarecimentos a convite.

Na tarde desta segunda-feira (17), Dias se encontrou por 20 minutos com o delegado responsável pelo caso, Jackson Rosales. O policial militar foi espontaneamente à superintendência da PF e, na reunião, ficou acertado o depoimento formal.

Em reportagem publicada na edição deste final de semana da revista “Veja”, João Dias Ferreira disse que Silva recebeu um pacote de dinheiro na garagem do ministério e teria comandado um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, destinado a incentivar a prática esportiva entre e adolescentes. Dias Ferreira foi preso pela Polícia Civil no ano passado por suspeita de participação no esquema.

Em entrevista nesta segunda (17), Orlando Silva disse repudiar “veementemente” o que classificou como “falsidades” publicadas pela revista. “Não houve, não há e não haverá nenhuma prova das mentiras faladas por esse crimonoso”, declarou o ministro.

Silva disse que, durante a semana, vai impetrar ação penal por calúnia e ação civil por dano moral contra os que, segundo ele, “armaram uma trama farsesca”. “Vou até o último recurso judicial possível para defender a minha honra”, declarou.

Ele disse que não faz a “menor ideia” de quem seja a pessoa que Ferreira apontou como o portador do suposto pacote de dinheiro que teria sido entregue a ele. “Não faço a menor ideia, não faço a menor noção de quem seja”, declarou.