Pedreiro é preso acusado de abusar de crianças em Corumbá
Pode ficar preso por até 15 anos, pelo crime de estupro de vulnerável, o pedreiro Paulo Rodrigues Arteaga, 21, detido na manhã de quarta-feira (19), no Loteamento Pantanal por equipes da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI). Arteaga é acusado de abusar sexualmente de uma menina de 10 anos. Ele morava de […]
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Pode ficar preso por até 15 anos, pelo crime de estupro de vulnerável, o pedreiro Paulo Rodrigues Arteaga, 21, detido na manhã de quarta-feira (19), no Loteamento Pantanal por equipes da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI). Arteaga é acusado de abusar sexualmente de uma menina de 10 anos. Ele morava de favor na casa da vítima.
A denúncia chegou a DAIJI em outubro do ano passado, mas o acusado fugiu ao saber das investigações. O pedreiro só foi preso após denúncia anônima informar o paradeiro dele e que ele estaria abusando de outra garota, essa de 11 anos. De acordo com a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, titular da DAIJI, Paulo Rodrigues Arteaga pode ser considerado pedófilo.
“O ato praticado pelo autor pode ser chamado de pedofilia, pois se enquadra em um dos critérios para analisarmos como pedófilo. Um desses critérios é a diferença de idade entre o autor e a vítima. O outro seria a maneira de agir do autor”, explicou a delegada que comanda as investigações.
Ele não teria negado o abuso da menina de dez anos e ainda contou à Polícia como agia. “O autor confessou o crime, inclusive a conjunção carnal. E que para o ato, dava presentes à menina. O autor era filho de criação da família”, contou Priscila Vieira. A titular da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso informou que a investigação apontou como Arteaga passou a morar na casa da vítima. “Ele foi trabalhar de pedreiro na casa e por não ter pai nem mãe, a mãe da menina, se comoveu com a situação e o trouxe para morar na casa dela. Ele se tornou muito amigo da menina. A mãe pensou que fosse apenas uma relação de irmão e não uma relação amorosa. Ela deixava os dois sozinhos e nesses momentos acontecia o fato [o abuso]. Aos poucos ia seduzindo a criança”, esclareceu a delegada.
Antes de a mãe da garota descobrir o abuso – foi ela quem denunciou o caso à DAIJI –, o pedreiro foi morar sozinho, mas manteve o relacionamento amoroso. “Depois que ele conquistou a menina, ele resolveu se mudar. Falou para a mãe dela que estava tendo um caso com outra garota e por isso iria se mudar. Só que ele ficou ao mesmo tempo com essa namorada e com a criança, por mais de um ano”, disse a delegada Priscila. “A menina mentia que ia para a escola. O autor pagava um mototaxista para levá-la até a casa dele”, complementou.
Nega a segunda acusação
O pedreiro negou a denúncia que agora estaria abusando de outra criança, essa de 11 anos. Foi justamente essa acusação que fez a Polícia chegar até ele e prendê-lo. Paulo Rodrigues já estava com pedido de prisão preventiva decretado. “Mencionou que não houve nada com a segunda vítima”, disse a delegada a respeito do posicionamento de Arteaga. Mesmo diante da negativa, as investigações apontam para o estupro. “As informações fornecidas foram checadas, a DAIJI ouviu testemunhas e chegou à conclusão de que o autor teria também abusado da segunda vítima. Foi registrado outro boletim de ocorrência em que o autor foi novamente indiciado por estupro de vulnerável, na data de 19 de janeiro”, contou a delegada que investiga o caso.
Esse caso do pedreiro não tem ligação com as redes de pedofilia descobertas pela delegada Priscila Vieira durante as investigações do desaparecimento da menina Lívia Gonçalves Alves, 07, ocorrido em 13 de junho do ano passado. A delegada ressaltou que a rede segue sendo investigadoa e um dos indiciados já foi julgado e condenado pela Justiça. Lívia continua desaparecida.
Trauma
A criança de dez anos, abusada por mais de um ano pelo pedreiro Arteaga, vai passar por atendimento psicossocial para amenizar os traumas causados pelo crime. “A vítima é encaminhada ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A DAIJI está montando um projeto para ter esse atendimento psicossocial na própria sede da delegacia, assistente social, educadora social, além, de uma psicóloga. Como essa estrutura ainda não é possível, contamos com o apoio do CREAS”, finalizou.
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