Pai de policial encontrada morta não acredita em suicídio
O sargento da Polícia Militar gaúcha Paulo Luciano Ferreira Lemes, pai da PM Luane Lemes, 23 anos, encontrada morta na última terça-feira em um matagal próximo à rodovia Fontoura Xavier-Porto Alegre (BR-386), não acredita que a filha tenha se suicidado. Ele reconheceu o corpo da policial na manhã de hoje e ajudou no traslado a […]
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O sargento da Polícia Militar gaúcha Paulo Luciano Ferreira Lemes, pai da PM Luane Lemes, 23 anos, encontrada morta na última terça-feira em um matagal próximo à rodovia Fontoura Xavier-Porto Alegre (BR-386), não acredita que a filha tenha se suicidado. Ele reconheceu o corpo da policial na manhã de hoje e ajudou no traslado a Passo Fundo, onde acontece a necropsia. Luane tinha sido vista pela última vez em 19 de setembro, ao embarcar em um ônibus na cidade. A Polícia Civil afirma que ela se matou.
“Eu não acredito em suicídio, mas se realmente for, é por causa do ex-namorado dela. Ele perseguia a Luane e ela se incomodou muito com isso. Ela terminou várias vezes o relacionamento, mas sempre acabava voltando por insistência dele, que então aprontava novamente. Minha filha era importunada com mensagens a toda hora, até que ela decidiu que não iria mais vê-lo”, afirmou Lemes.
O sargento disse ao Terra que Luane pretendia ir embora de Passo Fundo para não ter mais contato com o ex-namorado. “Ela tinha conversado com o meu filho, que é policial em Novo Hamburgo, para morar com ele. Por enquanto, não vou fazer nada e espero apenas que a Polícia Civil resolva, pois não temos força para nada”.
Após a necropsia, o corpo da PM será velado na Capela de Planaltina e enterrado ainda hoje no Cemitério Santo Antônio, em Passo Fundo. Muito abalado, o sargento lembrou da última vez que viu a filha, em 18 de setembro, um dia antes de ela desaparecer. “Nos despedimos no domingo, quando ela foi para o serviço em um jogo de futebol e eu também fui trabalhar. Ela estava meio nervosa. No momento em que eu dormia, após a jornada, é que aconteceu”.
Polícia Civil está certa de suicídio
A delegada Daniela de Oliveira Mineto, que investiga a morte de Luane, está certa de que ela se suicidou. “Não tenho dúvidas de que foi suicídio por tudo o que nós tínhamos investigado até então e pelas circunstâncias em que o corpo foi achado. Ela tinha as mesmas vestes do dia em que desapareceu e junto ao corpo estava a arma dela com apenas um cartucho deflagrado. Além disso, Luane tinha todos os seus pertences pessoais e estava com os braços e pernas livres, o que demonstra que ela caminhou até o local e não foi levada”, afirmou.
Conforme a delegada, Luane resolveu tirar a própria vida com um tiro na cabeça depois de ter rompido o namoro com um vigilante de 26 anos, também morador de Passo Fundo. “Desde o primeiro momento, verifica-se a passionalidade dela com o ex-namorado e com o rompimento deste namoro. As mensagens que ela deixou para ele na véspera do fato eram absolutamente indicativas de que ela iria fazer alguma coisa para que ele se sentisse culpado e levasse o peso disso para sempre”, salientou Daniela.
Mensagens de despedida
Uma perícia feita pela Polícia Civil no computador de Luane Lemes revelou que ela procurou mensagens prontas de despedida no dia em que desapareceu. Foram ao menos 31 cliques durante a navegação e buscas por textos destinados a irmãos. Segundo a polícia, ela apagou seu perfil numa rede social na manhã de 19 de setembro.
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