A comunidade atendida pela 4ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, da região das Moreninhas, tem disponível um diferencial dentro da unidade: o trabalho de mediação de conflitos. Com ações que buscam diminuir a criminalidade de forma preventiva, através da filosofia de Polícia Comunitária, a delegacia propõe novas formas de lidar com a resolução de conflitos e crimes de menor potencial ofensivo.

De acordo com balanço da 4ª DP, em todo o ano passado 185 casos foram mediados para uma decisão rápida e que beneficia de alguma forma ambas as partes envolvidas nos casos.

Além de proporcionar uma decisão rápida para os casos a mediação também desafoga o sistema Judiciário. “Mas o nosso principal objetivo com esta ação é apaziguar o ambiente”, afirma o investigador de Polícia Civil, Francisco de Melo. Ele é mediador e um dos responsáveis pela implantação do projeto na delegacia, com o delegado titular Wellington de Oliveira.

Para Francisco, a atividade que busca manter a paz na comunidade é responsável também por garantir que os índices de violência não aumentem com o crescimento da população na área atendida pela 4ª DP. “Podemos dizer que a maior virtude da mediação é a agilidade que ela dá na solução dos casos e com propostas criadas pelos próprios envolvidos”, observa o investigador.

Em um artigo elaborado sobre o projeto de mediação, Francisco explica que é importante a criação de núcleos de mediação de conflitos porque há uma demanda muito grande. “Os chamados Fatos Atípicos, que viram casos de polícia, conflitos interpessoais, ‘disputas’ que, mal administradas, se agigantam e se transformam em violência e crime”.

Conforme o policial civil, cerca de 95% dos casos mediados na delegacia chegam a uma solução exitosa. Ele explica que a opção de mediação de conflitos é oferecida a todos os casos que cabem à ação, ou seja, crimes de baixo potencial ofensivo. Assim, só são mediados casos onde ambas as partes se propõem a chegar a um acordo.