Justiça manda Lindemberg a júri popular por morte de Eloá em São Paulo

 A Justiça de Santo André (SP) decidiu que Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar Eloá Pimentel no ano de 2008, deve ir a júri popular. Ele não poderá recorrer da decisão em liberdade e nem haverá concessão de fiança, segundo decisão da juíza substituta Fernanda Salvador Veiga de 18 de agosto, mas divulgada nesta segunda-feira […]

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 A Justiça de Santo André (SP) decidiu que Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar Eloá Pimentel no ano de 2008, deve ir a júri popular. Ele não poderá recorrer da decisão em liberdade e nem haverá concessão de fiança, segundo decisão da juíza substituta Fernanda Salvador Veiga de 18 de agosto, mas divulgada nesta segunda-feira (19).

A data para o julgamento não foi definida. O júri já estava marcado para fevereiro, mas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2010, anulou a fase de instrução e o processo teve que voltar à fase inicial. A partir daí, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e 10 de defesa, além da submissão do réu a novo interrogatório.

 O caso

Em outubro de 2008, Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, foi mantida refém por 101 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves, 22 anos, em Santo André, no Grande ABC Paulista. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo. Inconformado com o fim do relacionamento, o motoboy invadiu o apartamento em que ela morava com a família, rendeu a adolescente e sua melhor amiga, Nayara Rodrigues da Silva.

Após quatro dias de negociações e trapalhadas – Nayara retornou ao cativeiro para negociar com Lindemberg mesmo após ter sido libertada -, a polícia invadiu o apartamento. Segundo os agentes, a ação aconteceu depois de um disparo ter sido ouvido no local. Eloá foi resgatada baleada na cabeça e Nayara foi atingida no rosto. Eloá morreu no hospital, no dia seguinte ao desfecho. A amiga sobreviveu aos disparos feitos por Lindemberg no momento da invasão.

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