Dois membros do bando ainda estão foragidos. Os dois que foram presos chamaram a atenção ao exibir muitos talões de cheques durante uma das compras fraudulentas.

A Polícia prendeu no último dia 10 de março os estelionatários Elias Silva Correia Júnior, 30 e Renato Benites, 38, que, junto com os comparsas Ailton Soares de Alencar e Katiane Maria Eugência de Oliveira (os dois foragidos) aplicavam golpes com cheques em nome de uma empresa fantasma e documentos falsos em Campo Grande.

A quadrilha mantinha um padrão luxuoso de compras em aproximadamente 12 lojas da Capital. Os produtos dos estelionatos vão desde materiais de construção, roupas de grife, até eletro-eletrônicos. Os golpes estão avaliados no total em aproximadamente R$ 100 mil.

Os dois foram presos enquanto pegavam compras de uma loja de decoração, na avenida 13 de maio. Responsáveis do estabelecimento desconfiaram da quantidade de talões com os dois, durante o ato da compra em primeiro de maio.

Elias e Renato, os dois “cabeças” utilizavam a empresa de fachada Agro Ramos Locação e Transporte LTDA, que, com balanços também falsos, movimentava R$ 2 milhões anualmente. Com isso, os quatro conseguiam crédito na praça e bancos. Segundo a polícia, a quadrilha tinha ao menos 12 talões de cheques.

Elias e Renato, também aplicavam golpes com RG (Registro Geral) de Luiz Marcondes Ramos Sipriano, este já falecido, que morava na cidade de Sorriso (MT). O documento estava com uma foto de Elias.

A casa de Ailton e Katiane localizado no bairro Jardim Oracília, saída de Rochedinho, teria sido totalmente reformada com os produtos de golpes.

Muita das “compras” foram encontrados também numa chácara, na saída de São Paulo na BR-163, que consta no nome da mãe de Elias. E no endereço falso da suposta empresa, as margens da BR-163 a 15 km do centro da Capital.

O outro local, no bairro Água Limpa foi encontrado materiais de construção. Um caminhão em nome de uma empresa também foi apreendido.

De acordo com a polícia, empresários e comerciantes lesados pela quadrilha, podem procurar o 1° DP, de posse de comprovantes de venda e cheques recebidos. Segundo o delegado Márcio Custódio, a intenção da quadrilha era a de conseguir maiores limites de crédito em bancos, por conta das movimentações financeiras.

Elias e Ailton estão presos no Instituto Penal de Campo Grande. Do bando, somente Ailton já tinha passagem pela polícia, na ocasião também por estelionato.