Deficiente Auditivo é preso acusado de matar mulher a facadas

A Polícia Civil de Jardim mantém sob vigilância um homem deficiente auditivo, o nome vem sendo mantido em sigilo, acusado de matar a dona de casa Demécia Ávalo Canhete, de 50 anos, que residia na Vila Panorama, periferia da cidade. A vítima recebeu dez golpes de faca e acabou degolada. Segundo os policiais do SIG […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A Polícia Civil de Jardim mantém sob vigilância um homem deficiente auditivo, o nome vem sendo mantido em sigilo, acusado de matar a dona de casa Demécia Ávalo Canhete, de 50 anos, que residia na Vila Panorama, periferia da cidade. A vítima recebeu dez golpes de faca e acabou degolada.

Segundo os policiais do SIG (Serviço de Investigações Gerais), o crime teria tido o envolvimento de outra pessoa, que já está identificada. Os envolvidos tiveram suas prisões preventivas solicitadas à Justiça de Jardim. Os criminosos teriam executado a mulher na casa do mudo e depois lavaram o cadáver e a residência.

No dia do crime, Demécia havia passado o dia bebendo com os familiares e o mudo. À noite ela foi à casa o deficiente fazer a janta para ele, já que a esposa do acusado, que também é muda, estava gestante e havia sido internada no hospital da cidade para dar a luz.

No dia seguinte o corpo de dona de casa foi encontrada no quintal da casa, despida, com dezenas de facadas e degolada. Havia comentários de que vizinhos teriam ouvido gritos da mulher por socorro, mas ninguém queria falar. Contudo, por ser querida no bairro, amigos de Demécia acabaram colaborando com a polícia.

A princípio o suspeito foi ouvido com a ajuda de uma pessoa especializada em Libra (linguagem dos sinais), mas negou o crime e passou a acusar por gestos várias pessoas que aparentemente não têm nada a ver com o assassinato. Após vários dias de investigação, o SIG conseguiu chegar à dinâmica do crime.

As suspeitas acabaram recaindo sobre o deficiente, conforme relatos obtidos de algumas pessoas. As diligências fecharam a suspeita ao mudo e ao comparsa, que tiveram suas prisões preventivas solicitadas. O SIG mantém vigilância à distancia nos dois suspeitos e aguarda a decretação da prisão para proceder a captura dos dois.

Após muita insistência, os policiais conseguiram uma testemunha que contou na delegacia que na noite do crime, um domingo, por volta das 23h, a mulher começou a gritar por socorro no interior da casa. “Eram gritos abafados, com a vítima tentando abrir a porta, sem conseguir e depois os gritos foram do lado de fora”, revelou.

Aos poucos o barulho foi silenciando. Durante os levantamentos a respeito do homicídio os peritos perceberam que a cena do crime havia sido alterada, pois tanto o corpo da dona de casa como o interior da casa haviam sido lavados, dando fim aos vestígios de sangue. Para a polícia, esses detalhes dificultaram a investigação.

Destino – Pelo que a polícia apurou, Demécia conhecia o mudo porque também tinha um filho portador do mesmo problema, que faleceu há pouco tempo. Ela trabalhava em fazendas e como seu conhecido estava sozinho, já que sua esposa estava no hospital, ela ia até a casa do sujeito para cozinhar.

Durante três noites seguidas ela fez o jantar, como favor ao acusado. A partir daí a situação culminou com o assassinato da vítima de forma cruel, por razões que ainda estão sendo investigadas. Demécia Canhete deixou filhos pequenos e também adultos.

Conteúdos relacionados