Caso Marielly: Após Hugleice admitir que levou cunhada para aborto, polícia quer achar quem contratou
Chegar ao pai do feto não é prioridade ainda. O cunhado nega ser responsável pela gravidez, mas hipótese não foi descartada. Há rumores não confirmados de que o pai poderia ser um advogado ‘famoso’.
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Chegar ao pai do feto não é prioridade ainda. O cunhado nega ser responsável pela gravidez, mas hipótese não foi descartada. Há rumores não confirmados de que o pai poderia ser um advogado ‘famoso’.
Nos celulares de Marielly Barbosa e do cunhado dela não há registro de ligações para o enfermeiro Jodimar Ximenes, apontado como autor do aborto que teria causado a morte da jovem. Agora, a polícia quer a quebra do sigilo telefônico dele para saber quem teria contratado os ‘serviços’.
Depois de uma primeira quebra do sigilo telefônico dos aparelhos celulares de Marielly (dois particulares e outro de seu trabalho), do cunhado Hugleice e de Jodimar, foi descoberto que nem a moça nem o cunhado dela ligaram para o enfermeiro de seus telefones. Porém, não é descartada a hipótese de orelhões públicos ou qualquer outro telefone ou ainda que o “acerto” foi feito pessoalmente.
A hipótese mais forte, até o momento, é que alguém conhecido de Hugleice ou Marielly fez o contato com Jodimar para acertar a prática abortiva. E é exatamente com esta segunda quebra de sigilo que a polícia pretende saber se existe e quem é esta pessoa que intermediou a “negociação”.
Na tarde desta sexta-feira, 15, foi feita uma acareação entre Jodimar e Hugleice, na cidade de Sidrolandia, onde o enfermeiro está detido. Além dos dois, participou uma mulher, amiga de Jodimar, que revelou à polícia ter ouvido dele uma confissão sobre um aborto que não teria dado certo, logo depois do sumiço de Marielly.
Ela acredita que a mulher à qual o amigo se referiu é Marielly. A acareação aconteceu porque no pouco período que ficou preso, em uma cela da Derf (Delegacia especializada de roubos e Furtos), Hugleice teria refletido ou sido orientado por seu advogado de defesa e chegado à conclusão de que seria melhor para ele confessar que levou sua cunhada para Sidrolandia para praticar o aborto.
Chegar ao pai do feto não é prioridade ainda para a Polícia. O cunhado nega ser o pai do bebê, porém a hipótese ainda não foi descartada pela polícia. Há também informações não confirmadas pela investigação de que o pai poderia ser um advogado “famoso” de Campo Grande.
Para justificar sua ausência da cidade no dia que levaria Marielly para Sidrolândia, Hugleice disse para a família que tinha uma reunião de negócios em Nova Alvorada do Sul. Ele teria confirmado a reunião, mas depois desmarcou, sem avisar os familiares.
O Midiamax obteve a informação de que, durante as declarações desta mulher, Jodimar ficou quase todo o tempo com olhares em tom ameaçadores para ela, supostamente para tentar intimidá-la. Por conta da pressão que sofreu, a suposta amiga do enfermeiro registrou um boletim de ocorrência por ameaça.
Uma testemunha disse à polícia que, depois que a jovem morreu durante o procedimento seu corpo teria sido transportado em uma caminhonete até o canavial onde foi abandonado. Esta é outra incógnita para polícia: quem dirigiu, quem ajudou o condutor e de quem é o veículo. Hugleice tem um veículo utilitário.
Embora a cor descrita pela testemunha não seja a mesma, acredita-se que a polícia faça teste com o reagente luminol para detectar vestígios de sangue humano. Em caso positivo, a situação do rapaz pode se complicar. Devido ao tempo que passou, não é sabido se ainda é possível fazer teste de DNA.
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