Após mais de nove horas, homem armado liberta filho de dois anos e se entrega à polícia

Confusão começou quando a mãe da criança tentou buscar seu filho acompanhada da sua irmã; os pais do menino estão separados há uma semana

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Confusão começou quando a mãe da criança tentou buscar seu filho acompanhada da sua irmã; os pais do menino estão separados há uma semana

Após mais de nove horas de muita tensão, O,K, 31 anos, libertou o filho de 2 anos que mantinha refém e se entregou à Polícia. Tudo começou por volta das 16 horas, na rua Paraná esquina com a Cyríaco de Toledo, no bairro Popular Nova, em Corumbá. O.K e a esposa, R.J.S., de 35 anos, estavam separados há cerca de uma semana. Ela saiu de casa e o menino ficou com o pai.

Na tarde desta quinta-feira, O.K ligou para R.J.S. e pediu que ela fosse até a casa para buscar a criança. A mulher foi acompanhada de uma irmã e quando chegou ao local, O.K se irritou com a presença da cunhada e iniciou-se uma discussão. Com a chegada do Conselho Tutelar e de uma guarnição da Polícia Militar, o homem acabou fazendo o filho refém. R.J.S. e a irmã foram liberadas pelo homem e saíram da casa.

As Polícias Militar e Civil, Dof, Força Nacional e equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros, foram para o local com homens e viaturas. Todo o quarteirão foi isolado pela polícia, porém, o caso acabou atraindo vizinhos e populares que se aglomeraram para acompanhar o desfecho do caso.

Oficiais da Polícia Militar iniciaram as negociações e tiveram como maior dificuldade a instabilidade emocional de O.K. “Ele fez exigências como a presença de um advogado; de uma equipe de tv; quis conversar com a mãe do menino, o que não achamos prudente e chegou a fazer quatro acordos, mas não os cumpriu”, contou ao Diário, o comandante da Polícia Militar de Corumbá, major Waldir Acosta.

Enquanto os oficiais da PM buscavam manter o diálogo com O.K, vieram de Campo Grande, já à noite, policiais da CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) para ajudar nas negociações. O capitão Wágner Ferreira da Silva passou a conversar com o homem e acabou convencendo-o a se entregar. “O comportamento dele era muito instável e foi difícil convencê-lo de que ninguém iria feri-lo. Mas depois ele acabou liberando a criança e se entregando. Ressalto que foi muito importante o trabalho desenvolvido pela polícia local durante toda a negociação”, disse o capitão.

O.K usou uma pistola 9 milímetros durante todo o tempo que manteve a criança refém. Por volta da 01h05 da madrugada desta sexta-feira, 13, ele foi levado para o 1º Distrito Policial e deve ser indiciado por sequestro e cárcere privado qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito. Na saída da casa, ele se limitou a dizer que “era pai e fez isso por causa do filho”. Um policial respondeu: “se você é pai, por que colocou uma arma na cabeça do seu filho?”. Logo que foi liberada, a criança recebeu atendimento da equipe do Samu e passa bem. A Polícia Militar informou que O.K já cumpriu pena por tráfico de drogas. Ele foi solto em 2008. Também há uma passagem policial por ameaça.

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