A Guarda Municipal Ambiental e a Polícia Ambiental flagraram o operário A.C.F no momento em que estava envenenando dois Angicos com cerca de trinta metros de altura.

As duas árvores fazem parte de um pequeno bosque com quase quarenta árvores nativas da região localizado num terreno na esquina da Rua Quintino Bocaiúva com a Rua Gustavo Adolfo Pavel, no Jardim Girassol em Dourados.

A.C.F está perfurando os caules das árvores com uma broca manual de meia polegada quando foi abordado pelo fiscal ambiental Marcos Antonio de Brito que lavrou o Laudo de Constatação e o Auto de Infração.

O operário disse que recebeu a ordem para envenenar as árvores do seu patrão o empresário e agricultor R.F que comprou o terreno há pouco tempo com a intenção de construir uma residência.

R.F portava além da broca, uma chave de fenda, um par de luvas e uma garrafa de refrigerante com dois livros de um veneno de cor violeta que ele desconhece o nome e a procedência.

O fiscal ambiental da Guarda Municipal constatou que A.C.F. já havia feito algumas perfurações e injetado o liquido que faz secar a árvore em menos de dois meses.

O funcionário de R.F foi levado pela Polícia Ambiental para a delegacia do primeiro onde foi lavrado o boletim de ocorrência.

O proprietário do terreno estava em uma de suas fazendas e deverá responder por crime ambiental. O fiscal Marcos de Brito afirmou que se o operário Antonio Fiúza confirmar que orientado pelo patrão para envenenar a árvores a justiça poderá expedir um mandado de prisão ao dono da área.

O advogado Jairo de Quadros filhos que defende R.F afirmou que o dono do terreno já havia pedido autorização para derrubar as árvores e que nas próximas horas poderá dar mais esclarecimentos sobre o assunto.

A região do Jardim Girassol é uma das mais nobres e valorizadas comercialmente de Dourados e muitos proprietários acabam cometendo crimes ambientais quando pretendem construir casas e acabam derrubando árvores antigas e nativas protegidas por lei.