Suspeito liga para viúva de Glauco e polícia reforça segurança na casa
A polícia reforçou na manhã deste domingo (14) a segurança na casa onde mora a viúva de Glauco Villas Boas, Bia, após o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 24 anos, principal suspeito de ter matado a tiros o cartunista de 53 anos e o filho dele, Raoni Villas Boas, de 25 […]
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A polícia reforçou na manhã deste domingo (14) a segurança na casa onde mora a viúva de Glauco Villas Boas, Bia, após o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 24 anos, principal suspeito de ter matado a tiros o cartunista de 53 anos e o filho dele, Raoni Villas Boas, de 25 anos, ter telefonado para ela na noite de sábado (13). A informação foi confirmada pelo delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Seccional de Osasco, que apura o caso.
A residência de Bia fica em Osasco, na Grande São Paulo. Foi lá que seu marido e seu enteado foram mortos. Membros da Igreja Céu de Maria, com sede dentro da casa e da qual Glauco foi fundador, afirmaram ao G1 que temem a volta do assassino ao local. Ele está foragido desde a madrugada de sexta-feira (12).
De acordo com o delegado Archimedes Júnior, o reforço policial visa dar segurança a viúva e a família.
“Temos que ter cautela até por causa do que ocorreu com o caso Silvio Santos [em agosto de 2001, um criminoso retornou a casa do apresentador do SBT após ter seqüestrado a filha dele]”, disse o delegado Archimedes Júnior, neste domingo. Segundo ele, a Polícia Militar também tem dado apoio.
O G1 apurou que Cadu falou palavras desconexas e teria pedido “perdão” a viúva. Segundo a jornalista Nancy Antonia Corrente, vizinha e integrante da seita religiosa da qual Glauco era fundador, Bia entrou em estado de choque após a ligação.
“Cadu fez uma ligação, não sei se ele ia se desculpar ou não, mas a Bia não suportou. Ela entrou em estado de choque e decidiu que pegaria a filha e sairia da casa onde morava com o Glauco aqui em Osasco. Soube que iria para casa de parentes”, disse Nancy.
“Estou preocupada com a galerinha que ficou. O verdadeiro guerreiro nunca está disponível ao perigo. Então a gente tem que pensar em tudo hoje em dia. Glauco sempre era mais de confiar do que apavorar e dar uma chance. Aqui, de noite tudo é escuro. Precisamos de uma viatura aqui. E se o Cadu tiver uma lista de pessoas das quais não gosta? Tem gente que chega da escola. Minha fila chega à noite. Não vi nenhuma viatura. Estamos com medo”, afirmou a membro da Igreja Céu de Maria. Outros integrantes da seita, que não quiseram se identificar, também disseram ao G1 estar com medo.
“Só com a prisão e trabalho de psicólogos e psiquiatras dá para entender a postura e o motivo do crime”, disse o delegado que investiga o caso.
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