Policial civil que levou arma e viatura para festa vai responder apenas por disparos em público

O policial civil Pedro Vladimir de Andrea, que usou uma viatura descaracterizada da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) para animar com som uma festa particular deve ser indiciado no inquérito policial apenas por efetuar disparo de arma de fogo em local público. Testemunhas disseram em depoimento que Vladimir exibia armamento pesado da Polícia […]

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O policial civil Pedro Vladimir de Andrea, que usou uma viatura descaracterizada da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) para animar com som uma festa particular deve ser indiciado no inquérito policial apenas por efetuar disparo de arma de fogo em local público.

Testemunhas disseram em depoimento que Vladimir exibia armamento pesado da Polícia Civil e efetuou disparos com uma pistola durante a festa que acabou em tragédia. O filho dele, Guilherme Henrique Santana de Andrea, de 22 anos, matou o colega, acadêmico de Direito, Ítalo Marcelo, 22, com um tiro acidental de uma escopeta calibre 12 de propriedade da Polícia Civil que estava no porta-malas da viatura.

Segundo os depoimentos, o comportamento “descuidado” do policial nas festas era comum. No entanto, a Polícia Civil informou que, como o filho de Pedro é maior de idade, o policial do Denar não deve ser envolvido no indiciamento do crime de homicídio culposo, que Guilherme deve enfrentar.

O inquérito, conduzido pela 5º DP, ouviu o policial apenas como testemunha. O delegado aguarda o resultado de exames da pericia em cápsulas de projéteis encontrados na festa para indiciar Pedro Vladimir por “efetuar disparo de arma de fogo em local público”, crime previsto no Estatuto do Desarmamento com pena de três a cinco anos de prisão.
Procurado pela reportagem através de telefone celular no qual já falou com a equipe, Vladimir não foi encontrado para comentar o encaminhamento das investigações. Uma mulher atendeu e disse que o celular já não pertence mais ao policial da Denar.

Na esfera administrativa, segundo a assessoria da Polícia Civil, o policial será investigado pela Corregedoria e deve ser responsabilizado pela “omissão de cautela” com punições definidas pelo Regimento Interno da Polícia Civil que podem chegar à demissão.

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