Polícia prende agenciador de criminosos que escolhia vítimas “fáceis” para roubos

Policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos crimes de Roubos e Furtos (Derf) prenderam no final da noite de terça-feira (2) Luiz Carlos Azevedo dos Reis, o Luca. Ele é apontado como recrutador de crimonosos e monitor de alvos fáceis para roubo a mando de presos do regime fechado e semi-aberto. Além disso, recai sobre ele um assalto a malote de uma construtora.

Luca recebia ligações de criminosos já condenados que encomendavam delitos com a finalidade de angariar dinheiro. Ele era o responsável por fazer monitoramento dos possíveis alvos, arrumar as armas e ainda recrutar quem iria executar o plano.

O trabalho teve continuidade e ele foi flagrado posteriormente na estrada com uma moto furtada. Luiz Carlos confirmou ainda no local que sabia que a motocicleta era roubada e que havia pegado emprestado minutos antes com sua namorada Nadja Ribeiro de Jesus, esta que já cumpriu pena por tráfico de drogas.

Os policiais localizaram Nadja em uma residência em Campo Grande. Ela confessou que sabia que a moto era roubada e que a mesma foi deixada na casa por uma amiga que a incumbiu de vendê-la para alguém que tivesse o interesse em desmontá-la para vender peças.

Quando Luiz Carlos estava nas dependências da Derf, a equipe de plantão recebeu uma ligação anônima informando que ele estaria escondendo uma pistola calibre .380. Fato que posteriormente foi confessado e, inclusive, que foi comprada em sociedade com João Carlos Chaves dos Santos, o Careca, que cumpre pena no regimne semi-aberto, pela prática de roubo. A arma e munições foram localizadas em uma casa no bairro Buriti.

Outros crimes

Em depoimento, Luiz Carlos Azevedo dos Reis confessou que agenciou Juliano Silva dos Santos, 27, o Bijula, para cometer roubo a um malote da empresa Construterra, que fica no bairro Aero Rancho, em outubro deste ano. Bijula já estava preso pelo assalto a Sobaria do Beto, onde em companhia de outros dois homens invadiu o estabelecimento, levou dinheiro do caixa e objetos dos clientes.

Segundo a polícia, Luiz Carlos se aproveitou que trabalhou na construtora para passar informações sobre os dias de movimentação financeira para que o assalto tivesse êxito. Foram levados R$ 22.600,00 em dinheiro e talões de cheques com folhas em branco e sem assinaturas, que seriam utilizados para pagamento de pessoal de uma usina de Dourados.

No dia do crime, o funcionário da empresa estava em frente de sua casa quando Bijula chegou à pé e apontou uma arma ordenando que a vítima deitasse no chão. Depois chegou um comparsa e ordenou que entregasse o malote. Todos estavam encapuzados e diziam para a vítima entregar o dinheiro da usina e que o estavam seguindo desde a cidade de Dourados para cometer o assalto. Outro fato que chamou a atenção dos investigadores foi que o trio pediu uma faca que a vítima mandou fazer e que poucos sabiam disto.

Luiz Carlos revelou ainda para a polícia que ele e Bijula têm envolvimento a assalto contra dois motéis em Campo Grande, localizados na região da avenida Costa e Silva.

Segundo o delegado titular da Derf, Roberval Maurício Rodrigues, a confissão dos assaltos aos motéis estão sendo checadas com as vítimas. Luiz Carlos deve permanecer mais alguns dias na Derf e a sua namorada já foi encaminhada para o presídio feminino.