A polícia do Paraguai matou hoje (3) em enfrentamento um dos supostos chefes do grupo armado Exército do Povo Paraguaio (EPP), ao qual é atribuída a autoria do assassinato de um professor ocorrido ontem.

O homem executado pelas autoridades é Gabriel Zárate Cardozo, de apelido Junior ou Simón, considerado pelas forças de segurança locais como o terceiro homem na chefia da organização ilegal.

Segundo a versão divulgada, ele foi morto na colônia Sidepar, no departamento de Canindeyú, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul e fica a cerca de 350 quilômetros a noroeste da capital paraguaia.

O ministro do Interior, Rafael Filizzola, informou que junto a Zárate Cardozo havia um documento de identidade em nome de Antonio Torres Parrom, um fuzil M-16, um revólver calibre 32, munição, três computadores, comida e víveres, além de bússola, cobertor, lanterna, roupas e mapas de satélite da região.

Assim como outros cúmplices, Zárate Cardoso era procurado por vários crimes, inclusive pelo sequestro e posterior assassinato, há seis anos, de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas (1998-1999).

Já o professor Hugo Ortiz foi morto na manhã de ontem quando duas pessoas com roupas militares entraram em sua casa e efetuaram quatro disparos. Ele era apontado pelo EPP como informante da polícia no caso de Cecília, mas a procuradora Sandra Quiñónez negou a acusação.

Hoje, a mãe de Cecilia, Mirtha Gusinky, declarou a uma estação de rádio paraguaia que o integrante do grupo armado foi quem controlou o cativeiro de sua filha e que teve uma participação “predominante” na organização.

Gusinky se disse satisfeita com a luta contra os criminosos e manifestou respeito ao trabalho da procuradora e do ministro do Interior.

Segundo a polícia paraguaia, outros integrantes do EPP estão escondidos em Sidepar, mas a família de Zárate Cardoso, que mora na localidade, afirmou que não sabe o paradeiro dos fugitivos porque eles supostamente viajaram ao exterior.