Polícia conclui inquérito sobre assassinato de advogado
O inquérito policial que apura o assassinato do Advogado Nivaldo Nogueira de Souza, em Costa Rica, foi concluído pelo delegado de Policia Cleverson Alves dos Santos e encaminhado ao Ministério Público Estadual para o oferecimento da denuncia ao juiz de direito contra seis indicados por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Os acusados devem ser […]
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O inquérito policial que apura o assassinato do Advogado Nivaldo Nogueira de Souza, em Costa Rica, foi concluído pelo delegado de Policia Cleverson Alves dos Santos e encaminhado ao Ministério Público Estadual para o oferecimento da denuncia ao juiz de direito contra seis indicados por homicídio qualificado e formação de quadrilha.
Os acusados devem ser levados a júri popular e enquadrados em outras qualificadoras que poderá os acusados serem condenados a penas que vão de 12 a 30 anos de prisão. O crime revela a audácia dos acusados e a certeza que não seriam descobertos e o crime ficaria “impune”. Os depoimentos demonstram mente doentia dos dois principais acusados.
Oswaldo José de Almeida Júnior, mais conhecido como “Dinho”, 51 anos, agiota e fazendeiro, é acusado de ser o mandante e autor intelectual do crime. Ele planejou e executou um plano para matar sua ex-mulher, a dentista, Josana Subtil de Melo, o plano foi colocado em pratica, mas não deu certo, ela foi salva. De acordo com os depoimentos ele tinha em mete matar um empresário de Costa Rica e outro na cidade de Chapadão do Céu.
No relatório o delegado indiciou Edoildo Ramos, o “Piá”, 37 anos, proprietário de um ferro velho na cidade, descrito no inquérito como “escritório do crime”. Ele é acusado de ser o agenciador dos pistoleiros e de ter cuidado pessoalmente de toda a excussão do crime. Dinho repassava para ele o dinheiro a ser pago aos envolvidos na trama criminosa.
A trama diabólica para executar o advogado levou Michel Leandro dos Reis a disparar os tiros contra a vítima no Bar e Lanchonete “Meu Cantinho”, localizada na rua Josina Garcia de Melo no dia 23 de março de 2009. Pela execução ele receberia R$ 7.000,00, porém Michel só recebeu R$ 5.000,00 de Piá em virtude de Francisco Pereira Feitoza, o “Chicão”, o responsável pela operação de execução ter sido preso minutos depois do crime de posse de uma arma de fogo. Piá ainda convidou Michel para visitar Chicão na cadeia, o que não foi aceito, pois ele acreditava que os polícias poderiam desconfiar.
Francisco Pereira mentiu nos primeiro depoimentos, tentou incriminar Rodrigo Batista Flores, o “Gordo”, como sendo o autor dos disparos. Rodrigo disse ao delegado que foi ameaçado por Dinho e ainda lhe foi oferecido vantagens financeiras para assumir a autoria do crime. Chicão e David voltaram atrás em suas declarações, em um novo depoimento no dia 03 de setembro, eles inocentaram Rodrigo e apontaram Michel como sendo o verdadeiro autor dos disparos contra o advogado.
Chicão foi o homem responsável em dar fuga para Michel após os disparos, ele contou em depoimento que deu fuga para o autor dos disparos, ele usava um veículo Pálio de cor verde, encontrou com os autores do crime em frente a uma academia de musculação conhecida como “Fisio Form”, o garupa da moto (Michel) entrou no carro ainda de capacete e foi deixado próximo ao rio Sucuriú.
Piá e Dinho procuravam por um pistoleiro, ai surgiu à figura de Wilia Inácio Rodrigues que indicou Michel como sendo o pistoleiro, Chicão só teve contato com ele no dia do crime quando ele ocupou a garupa da moto. Chicão estava de posse da arma utilizada no crime, um revolver calibre 38, seis tiros, adquirido por Piá pelo valor de R$ 600,00 dias antes do crime. Wilia foi preso, mas se recusou a depor e usou o direito constitucional de permanecer em silêncio, assim como Dinho fez o mesmo durante seus depoimentos.
De acordo ainda com o depoimento de Chicão, o plano era matar o advogado no escritório dele, mas depois optaram por executar o serviço no Bar onde ele costumava freqüentar. No dia do crime ficaram de tocaia na eqüina de cima, foi quando passou Chicão e disse “o homem tá no bar”, os dois autores passaram em frente onde estava o advogado, mas havia muita gente, eles então optaram por circular mais uma vez, na volta subiram na calçada e o crime foi consumado.
O crime foi motivado pelo fato que Nivaldo vinha incomodado Dinho através de ações judiciais contra o mesmo e havia intermediado publicações em dois veículos de comunicação da cidade informando da prisão de Dinho por condenação na lei Maria da Penha. Nivaldo havia penhorado terras pertencentes a Dinho para pagamento de honorários advocatícios que Dinho devia a ele.
Nivaldo foi ameaçado por Dinho no interior da delegacia em 2008 durante a prisão do acusado por incendiar um veículo que pertencia a um devedor de Dinho. Ele disse que iria dar um tiro na testa de Nivaldo. Testemunhas disseram que a vítima relatava que era comum Dinho passar por ele na rua e fazer gestos com o dedo semelhantes a puxar o gatilho de uma arma.
De acordo com os depoimentos após a execução do crime eles foram a cidade de Alcinópolis comemorar o sucesso da empreitada criminosa e gastar o dinheiro recebido. Todos os acusado estão presos, Dinho e Piá estão recolhidos no presido de segurança máxima de Campo Grande. Dinho e os demais acusados devem ir a julgamento popular, se condenados podem pegar penas que varia de 12 a 30 anos de reclusão.
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