Estatísticas da Polícia Civil revelam que no ano de 2009 em Mato Grosso do Sul foram registrados quatro ocorrências referentes aos golpes bancários que são classificados como furto qualificado mediante fraude. Deste total, duas ocorrências foram em flagrante. Já no período de janeiro à setembro de 2010, foram dois registros, sendo um em flagrante.

O investigador da Polícia Civil, Adilson Costa observa que estas estatísticas estão bem abaixo dos números reais de golpes bancários praticados por quadrilhas. “Muitas vezes as pessoas não registram o boletim de ocorrência porque por algum motivo o crime nem chegou a ser concretizado, mas para a polícia é importante saber o perfil do criminoso, como o modo de operação, o horário em que tentava praticar o golpe, ou seja, é importante ter todas essas características para investigar a quadrilha e evitar desta forma que pratiquem golpe com outra pessoa”, explica.

As informações repassadas vão ajudar a polícia a encontrar os criminosos e por isso, segundo o investigador é importante registrar o boletim de ocorrência mesmo que o crime não tenha sido concretizado. “Temos aqueles criminosos considerados nômades que podem hoje praticar golpes em Campo Grande e no outro dia já estar em outro município”, justifica.

O constrangimento de ter sido enganado por algum tipo de golpe, também impede que as vítimas façam o boletim de ocorrência nas delegacias de polícia. As quadrilhas têm praticado atualmente vários tipos de golpes como o bilhete, torpedo e consórcio premiados, cartão bancário trocado ou clonado, entre outros. “O registro do boletim de ocorrência na delegacia depende muito do emocional da vítima. Elas se sentem constrangidas em admitir que foram enganadas e não procuram a polícia”, comenta. Quem se sentir vítima destes tipos de golpes pode procurar a delegacia de polícia mais próxima para registrar o B.O.