Polícia: Bruno, Eliza, o bebê e mais três estiveram em motel

A delegada Alessandra Wilke afirmou, na tarde desta sexta-feira, que o goleiro Bruno esteve em um motel de Contagem (MG) acompanhado de Eliza Samudio, do bebê que seria filho dos dois, de Luiz Henrique Romão (o Macarrão), de Fernanda Gomes de Castro e do adolescente de 17 anos. Ele pagou a conta, de R$ 431,90, […]

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A delegada Alessandra Wilke afirmou, na tarde desta sexta-feira, que o goleiro Bruno esteve em um motel de Contagem (MG) acompanhado de Eliza Samudio, do bebê que seria filho dos dois, de Luiz Henrique Romão (o Macarrão), de Fernanda Gomes de Castro e do adolescente de 17 anos. Ele pagou a conta, de R$ 431,90, com o cartão de débito.

A delegada afirmou que o documento foi anexado ao inquérito policial que investiga o desaparecimento e possível assassinato de Eliza Samudio. Com base nos depoimentos de funcionários do motel, ela disse que Bruno ficou em uma suíte de luxo com Fernanda, enquanto Eliza, Macarrão, o menor e o bebê ficaram em outra.

Porém, a investigação apontou que, por algum tempo, eles transitaram entre os quartos e Fernanda ficou sozinha com o bebê. Ao deixarem o local, às 13h19 do dia 6 de junho, as camareiras teriam encontrado uma fralda em um sofá. Pelos registros da portaria do condomínio de Esmeraldas, o grupo chegou ao sítio do goleiro às 14h.

O caso
Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. Segundo o delegado, no dia do crime, o goleiro saiu do sítio com Eliza e voltou sem ela, o que indicaria que o goleiro presenciou a ação.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.

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