Perfuradora chega a mineiros presos sob a terra no Chile

O poço pelo qual serão içados os 33 mineiros presos em uma mina de cobre no Chile foi aberto na manhã deste sábado (9). A perfuradora T-130, do plano B de resgate, atingiu o local em que os mineiros estão presos às 8h05 locais (9h05 de Brasília), na Mina San José, próximo à cidade de […]

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O poço pelo qual serão içados os 33 mineiros presos em uma mina de cobre no Chile foi aberto na manhã deste sábado (9).

A perfuradora T-130, do plano B de resgate, atingiu o local em que os mineiros estão presos às 8h05 locais (9h05 de Brasília), na Mina San José, próximo à cidade de Copiapó, no norte do país, segundo o ministro de Mineração, Laurence Golborne.

Eufóricos e emocionados, os parentes dos mineiros, que estão alojados no acampamento Esperança, subiram à montanha próxima e comemoraram o feito, aos gritos de ‘Chi, chi, chi, le, le, le!’. A abertura do túnel foi anunciada por uma sirene e celebrada por um sino, que já toca por mais de meia hora.

As equipes de resgate devem decidir mais tarde, ainda neste sábado, quando eles provavelmente vão começar a subir os mineiros, segundo Golborne. Ele afirmou que ainda resta muito trabalho a fazer.

Os engenheiros responsáveis pelo resgate precisam decidir se vai ser preciso ampliar o túnel com um cilindro de metal, antes que seja iniciada a subida dos mineiros, o que poderia ocorrer já a partir da terça-feira, segundo previsões anteriores do governo.

Nos últimos dias, os mineiros, presos a uma profundidade de 630 metros desde um acidente em 5 de agosto, fizeram atividades físicas mais intensas para se preparar para o resgate. Eles devem ser submetidos a uma dieta de alimentos sólidos seis horas antes de subir.

Um médico e um mineiro serão os primeiros a descer, revezadamente, à mina. No máximo, vão descer três pessoas de cada vez.

Na quinta-feira, as equipes de resgate fizeram uma simulação cronometrada de como serão os trabalhos.

“Isso é muito forte, é um sentimento muito grande. Imagino o que meu irmão deve estar sentindo lá dentro”, disse à France Presse Gastón Henríquez, que esperava emocionado próximo à entrada da mina.

“Estamos muito felizes, porque sofremos muito nesses dois meses. Esperamos agora que eles saiam logo para que possamos abraçá-los e levá-los para casa”, disse Wilson Ávalos, que tem dois irmãos presos na mina San José.

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