Justiça concede habeas corpus para acusado pela morte da ex
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu habeas corpus nesta quinta-feira (5) para o advogado Mizael Bispo de Souza, que era procurado pela polícia desde terça-feira (3), quando teve sua prisão preventiva decretada e passou a figurar como réu no processo que investiga a morte da advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada. “Ainda que se […]
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O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu habeas corpus nesta quinta-feira (5) para o advogado Mizael Bispo de Souza, que era procurado pela polícia desde terça-feira (3), quando teve sua prisão preventiva decretada e passou a figurar como réu no processo que investiga a morte da advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada.
“Ainda que se reconheça a presença de veementes indícios de autoria e prova da materialidade do fato, não se vislumbra, no caso presente, ao menos, por agora, a necessidade da custódia cautelar do paciente”, afirmou, na decisão, a desembargadora Angélica de Almeida.
Na terça, a Justiça também tinha determinado a prisão preventiva do vigia Evandro Bezerra da Silva, que já estava preso em Guarulhos e foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista.
Depois de desaparecer em 23 de maio da casa dos avós em Guarulhos, Mércia foi achada morta em 11 de junho na represa em Nazaré Paulista. O veículo onde ela estava havia sido localizado submerso um dia antes. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.
Um pescador disse à polícia ter visto o automóvel dela afundar e um homem não identificado sair do veículo. Além disso, afirmou ter escutado gritos de mulher.
Para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, Mizael matou a ex por ciúmes e o vigilante o ajudou na fuga. Mizael alega inocência. Evandro, que chegou a acusar o patrão e dizer que o ajudou a fugir, voltou atrás e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque foi torturado.
Ainda segundo o relatório do delegado Antônio de Olim, do DHPP, Mizael e Evandro trocaram diversos telefonemas combinando o crime. A polícia chegou a essa informação a partir da quebra dos sigilos telefônicos dos dois. O rastreador do carro do ex também mostrou que ele esteve próximo ao local onde Mércia foi achada.
Mizael e Evandro negam o crime e dizem ser inocentes de todas as acusações.
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