Após receber a informação de que a Polícia Comunitária, ativada há alguns meses pelo Governo do Estado na parte alta de Corumbá, não estava mais funcionando, a reportagem deste Diário foi até a sede da corporação, no bairro Kadwéus, por volta das 09 horas da manhã desta terça-feira e permaneceu no local por cerca de uma hora, e nenhum policial e nem viatura, foram encontrados no prédio que deveria ser de funcionamento 24 horas. A reportagem entrou em contato com o comandante da PM, tenente-coronel Evaldo Mazuy, que estava em viagem, mas por telefone disse que a Polícia Comunitária não foi desativada.

“Por algum motivo, o policial responsável pelo prédio se ausentou. Por diversas vezes, eles saem para realizar visitas a famílias que necessitam de alguma orientação, ou realizam palestras em escola. O que podemos assegurar é que a Polícia Comunitária encontra-se ativa, a questão é que temos poucos homens para atuar. Não podemos informar o número de homens que no momento atuam na Polícia Comunitária, porque essa questão cabe apenas ao sistema interno da instituição”, justificou o comandante Mazuy.

Não é o que afirmam moradores da parte alta da cidade.  Eles citam, inclusive, casos que necessitaram da presença dos policiais comunitários e que não receberam nenhum auxílio, como destacou a comerciante Nadir de Moraes. “Só vimos o funcionamento dela (Polícia Comunitária), com homens no prédio em atendimento e viaturas sempre presentes, somente na semana em que o prédio foi inaugurado. Depois disso, parece que ela foi desativada. Na semana passada, minha casa foi arrombada e necessitei do auxílio dos policiais, mas o prédio da Polícia Comunitária, que é ao lado de minha residência, estava trancado. Além disso, acionei a viatura da Polícia Militar, mas ninguém veio, e a porta arrombada ficou por isso mesmo. Os ladrões não levaram nada porque meu filho estava em casa e de certa forma assustou os marginais, que fugiram”, relatou a comerciante ao Diário.

Outra moradora da localidade, Margarete Souza, também relata que atualmente, é difícil ver ao menos um policial comunitário no prédio da instituição. “Há algumas semanas, havia um policial que podia ser encontrado no prédio. Hoje, não temos mais ninguém. Na semana passada, vimos alguns móveis serem retirados do prédio e ficamos sem entender a situação.”

Ainda garantindo que o trabalho da Polícia Comunitária continua, o tenente-coronel Mazuy, disse que a Polícia Militar terá aumento de efetivo, ao destacar o início do curso de formação de 30 policiais no dia 1º de julho. “Enquanto esses homens não estiverem capacitados e treinados, não podemos colocá-los nas ruas. Por enquanto temos que trabalhar com o efetivo que temos. Sabemos que é pouco, mas é o que temos e em breve teremos mais policiais prontos a servir à toda a comunidade 24 horas”, concluiu.