Os dois homens encapuzados, presentes no conflito que culminou na morte do prefeito de , Donizette da Costa (PMDB), se apresentaram na noite de ontem ao delegado Joel José da Silva. São dois policiais militares: Wilson Alves (policial da ativa), e Pedro Sales de Araújo, segundo sargento, na reserva.

Segundo Joel, em seu depoimento, os dois homens disseram ter sido contratados pelo prefeito para “dar um susto”, em Dedé: “De acordo com eles, o prefeito teria dito que iria realizar um acerto de contas e que, caso não fosse bem sucedido, iria chamá-los. Inclusive, segundo eles, os capuzes e os porretes utilizados teriam sido dados pelo próprio prefeito”, disse.

O depoimento dos dois envolvidos contraria as afirmações feitas pelo ex-vereador José Carlos Morales, o Dedé, acusado da morte do prefeito. Segundo Dedé, os homens, armados de porrete e revólveres, agrediram a ele e as pessoas que o acompanhavam, Luciano de Almeida, funcionário do Cartório de Registro de Imóveis da cidade, e o casal Antônio e Elizabeth Andrietta. A partir daí a briga teria progredido para um tiroteio entre Dedé, o prefeito e os dois encapuzados: “Ele negam isso. Dizem que apenas ameaçaram Dedé. No entanto, no exame de corpo de delito, há realmente indícios de que o ex-vereador tenha sido agredido”, disse o delegado.

Joel José da Silva entregará o inquérito no dia 29. No entanto, a conclusão da perícia no local do crime e os laudos de balística do Instituto de Criminalística, que ainda não estão concluídos, serão essenciais para que se apure a verdade. Dedé continua preso na delegacia de Caarapó. Os dois PMs foram liberados após o depoimento: “Eles se apresentaram espontaneamente, e não havia pedido de prisão preventiva contra eles”, disse o delegado.