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Se Deus diz que é com o suor do seu trabalho que o homem ganhará o seu sustento, é evidente que os programas sociais permanentes não são o caminho para o crescimento e a prosperidade do país. Toda ajuda ou caridade para os mais pobres deveria ser transitória, fornecida apenas como um apoio inicial, até que as pessoas tenham a oportunidade de se sustentarem com esforço próprio e trabalho.
Infelizmente, essa não é a realidade no Brasil. Em muitos estados e municípios, há mais pessoas vivendo da dependência de programas sociais do que trabalhadores registrados formalmente. Além disso, esses programas não incluem estratégias de acompanhamento ou incentivo para que as famílias beneficiadas superem essa dependência. Como resultado, perpetua-se um ciclo de pobreza que deveria ser quebrado.
O que o Brasil precisa, em vez de programas assistencialistas permanentes, são projetos estruturais de curto, médio e longo prazos para combater a pobreza extrema. A base disso deveria ser uma educação pública de qualidade, que ofereça desde o ensino básico à universidade, oportunidades reais de crescimento. Educação de excelência liberta, profissionaliza e promove a ascensão social, permitindo que as pessoas alcancem maior qualidade de vida.
Além da educação, um ponto crucial para resolver a miséria no Brasil é reduzir a intervenção estatal na economia. O governo cobra tributos excessivos, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Hoje, os impostos sobre os produtos de uso e consumo no Brasil superam 50% em média, atingindo principalmente itens básicos, como arroz, feijão, leite e carne. Isso significa que o próprio governo, por meio da carga tributária, aumenta o custo de vida das famílias mais pobres.
É inaceitável que o Estado seja, na prática, um “sócio majoritário” de empresas e cidadãos, cobrando impostos exorbitantes e oferecendo serviços públicos de baixa qualidade em troca. Educação, saúde e infraestrutura continuam precárias, enquanto persistem os escândalos de corrupção e má gestão dos recursos públicos. Passa da hora de o Brasil ser administrado com seriedade, transparência e competência.
O Brasil é um país gigante, de gente trabalhadora, criativa e resiliente. O que a população precisa não é de bolsas ou auxílios permanentes, mas de oportunidades reais de estudo, emprego, trabalho digno e redução do custo de vida. Quando isso for possível, os programas assistenciais, como Bolsa Família, Vale Gás e tantos outros, se tornarão desnecessários. A não ser em casos extremamente excepcionais.
Em países que reduziram a interferência estatal e estimularam a iniciativa privada, como Cingapura e Coreia do Sul, o crescimento econômico retirou milhões de pessoas da linha de pobreza. No Brasil, setores como o agronegócio, comércio, indústria e serviços têm enorme potencial para alavancar a economia, gerando emprego e renda para milhões de brasileiros. Para isso, o governo deve investir em infraestrutura, desburocratizar processos, reduzir impostos e criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo, promovendo o crescimento sustentável e abrangente em todas essas áreas.
O Brasil tem tudo para superar a pobreza e se tornar uma nação próspera e justa, onde cada cidadão tenha a oportunidade de trabalhar, crescer e viver com dignidade. A Palavra de Deus nos ensina que o trabalho é fonte de sustento e honra, como em Provérbios 14:23: “Em todo trabalho há proveito.” Isso nos encoraja a buscar políticas que promovam o emprego, a renda e o empreendedorismo, oferecendo às famílias os meios necessários para construir um futuro melhor.
Também somos lembrados em 2 Tessalonicenses 3:10 de que o trabalho é parte do propósito de Deus para o ser humano: “Quem não quiser trabalhar também não coma.” Esse princípio reforça que é preciso criar um ambiente no qual o esforço individual seja valorizado, e onde programas assistenciais sejam instrumentos temporários para a verdadeira libertação da pobreza, e não ferramentas de dependência.
Com fé, esperança e um compromisso firme com os valores da justiça, da honestidade e do esforço coletivo, o Brasil pode alcançar o potencial que Deus colocou em nossa terra e em nosso povo. Governantes e cidadãos precisam trabalhar juntos, confiando que, ao seguirmos os caminhos da sabedoria divina, colheremos os frutos de um país mais próspero, justo e solidário.
*Jornalista e Professor.
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