O baixo nível contra o presidente
Aristóteles Drummond, articulista e escritor, discorre sua livre opinião, a respeito de fatos e acontecimentos do Brasil e mundo.
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Para o cidadão sem o veneno da ideologia, das idiossincrasias, da covardia moral diante das patrulhas do ódio, enfim, gente que trabalha pensando no país e na família, o Brasil vive um momento triste sob o ponto de vista do nível de politicagem rasteira entre pessoas que não podem alegar ignorância para justificar graves desvios de caráter.
Quem tem meio século de jornalismo e vida pública, experiência quanto à realidade destas décadas da vida pública, em todos os níveis e setores, sabe que o povo foi inspirado na busca da renovação há dois anos. Embora em muitos estados a renovação tenha sido equivocada, em outros, como Minas, Goiás e Paraná, para ficar nos exemplos mais evidentes, ela vem se mostrando positiva. E, no âmbito federal, a mudança foi efetivamente mais forte.
As elites empresariais e ligadas às classes médias não souberam interpretar a vontade popular, hoje mais esclarecida do que se imaginava, que queria varrer a velha política da corrupção com a demagogia barata, por vezes fantasiada de um esquerdismo ultrapassado e desmoralizado.
Estamos com mais de 20 meses de um governo que vem procurando reformar para progredir, adotando a política de prosseguir com as obras que estavam abandonadas ou em andamento, buscando prestigiar a meritocracia e, principalmente, em ambiente de austeridade e ausência de casos de corrupção. O time de ministros impressiona pela qualidade de titulares de pastas estratégicas, como são os casos de Tarciso Freitas, na Infraestrutura, Almirante Bento, nas Minas e Energia, Teresa Cristina, na Agricultura, e, claro, Paulo Guedes, na Economia.
O maior socorro do mundo às populações mais carentes, nesta pandemia, não acalmou as manifestações de ódio ideológico ao presidente da República, muito menos o décimo terceiro do Bolsa família, que se fartaram de anunciar que acabaria em seu governo. Os governadores que o criticam receberam bilhões de reais para não entrarem em colapso, muitos evolvidos em inquestionáveis casos da mais sórdida corrupção com recursos do combate à pandemia. Na esfera federal, sob severa vigilância, nem um caso apontado.
Alguns setores da sociedade e dos demais poderes da República insistem em ignorar que vivemos outros tempos e que ninguém mais se ilude ou se deixa levar pelo noticiário maldoso, implacável, mesquinho.
O Presidente e seus familiares, mesmo os filhos com mandato, jamais tiveram acesso a recursos públicos e as acusações envolvem mais da metade da Assembleia do Rio, entre assessores de livre escolha- não estatutários- e tudo se concentra no então assessor do filho do Presidente. Não faz sentido, diante da impunidade de uma quadrilha que agiu por 14 anos.
É preciso um basta nesta política predatória, que penaliza os mais frágeis da população de forma irresponsável e até cruel. Infelizmente, o presidente melhorou muito sua postura, o que logo se refletiu em sua popularidade, por ter recaídas pontuais muito exploradas. Alguns assuntos que fogem ao razoável pela cobertura que estão tendo deveriam ser alvo do silêncio do presidente. Deve responder apenas a questionamentos referentes a seu mandato, como está na Constituição. E seus mais próximos ignorarem os ataques, deixando a cargo da Justiça apurar informações que vazam, muitas referentes a eventuais delitos de natureza fiscal prescritos pelo tempo decorrido.
O Brasil não merece essa sabotagem de gente com a barriga cheia, em muitos casos às custas do Erário nos últimos 35 anos. Vamos pensar e avaliar o papel destes marginais da ética, da moral e do patriotismo.
Nem o anúncio de dimensão social e econômica da semana passada, mereceram um modesto elogio!
*articulista e escritor
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