Opinião: Municipalismo constante
João Carlos, articulista e consultor

O governador Reinaldo Azambuja elaborou um cronograma de ação junto aos municípios do estado de Mato Grosso do Sul para atender demandas pontuais e inclusas muitas delas na esfera do governo federal.

No primeiro mandato o governador viabilizou a musculatura de seu partido e dos apoios que vinha recebendo dando norte para a governabilidade. Instalou em diversas cidades um conjunto de benefícios que impulsiona o mandato atual. Algumas obras já estão sendo vistas pelos correligionários como um alivio visando 2020.  Eleição é a busca do voto em torno de realizações governamentais.

Elas ajudam no embate. Recentemente elegeu como presidente do ninho tucano um antigo companheiro de vida pública apagando incêndio interno com extintor calibrado. Já deu a senha de que deseja unificar o discurso em torno da reeleição do prefeito de Campo Grande Marcos Trad indicando o seu vice.

Vinga a oferta até lá? Ninguém sabe. É um tabuleiro. Até lá são águas e águas rolando. Se sentir que pode dar pole position para um candidato seu , o fará . Há conversas de que o ciclo do poder dos tucanos atinge todo o interior do estado desde já. Por onde vai Reinaldo Azambuja costura apoio e traz para perto de si fortes lideranças locais.

Trabalha pensando em 2022 e acreditando no sucesso em 2020. Pendengas jurídicas que atormentam a classe política podem dar um pano de fundo no futuro atrapalhando o jogo no tabuleiro. É um fato natural atualmente. Criar um municipalismo resistente não é só com palavras. Será necessário mostrar serviço através de obras e proximidade com a população. Um inicio que já responde por si só.

O governo  federal implementa suas reformas para que os recursos não desapareçam dos cofres dos estados. A da previdência está na ponta da agulha . Com tudo isso em jogo, a governabilidade segue rumo. Após o mês de junho desse ano o jogo começa esquentar já nos vestiários das siglas partidárias para adentrarem ao campo no próximo ano. Com o WAR em moda, o juiz não pode se esquecer que tem o apito em mãos. Nesse caso, o governo do estado.

*Articulista e consultor