Todo mundo sabe como gerar empregos e retomar o crescimento do Brasil, mas posturas menores, fruto de vaidades, ambições e interesses menores, continuam a travar a economia e a agravar o social.
O Senado tem o dever de aprovar logo a Reforma da Previdência, que é consenso nacional. Não tem cabimento alguns quererem atrasar a definição para aparecerem no noticiário. Esta é a primeira da fila e tem de ser logo resolvida. Temos pouco tempo até o final do ano. Hoje em dia o “povo não é bobo” e o Senado precisa saber disso.
Depois virá a questão tributária e mais alguns acertos na trabalhista. O Brasil tem pressa, são muitos os que sofrem. O mundo está vivendo um momento intenso, em que as mudanças são rápidas. Não podemos ficar no debate estéril e elitista de questões sem importância. Temos de sair da zona de risco de um agravamento das dificuldades. Basta se observar o que acontece no mundo.
Não se trata mais de aprovar ou não propostas do governo, mas, sim, de liberar o país para vencer a crise, resistente pela magnitude do mal provocado por anos de total irresponsabilidade. A perda do primeiro ano de governo não vai prejudicar o governo e sim a população.
O governo, ou melhor, o Palácio do Planalto deve se concentrar nos assuntos objetivos e não nos substantivos. E fugir das armadilhas de um grupo que não quer informar, mas prejudicar e criticar. Brasil acima de tudo é cuidar dos problemas e deixar o tititi para depois.
A sociedade precisa desarmar espíritos, buscar entender o que deve prevalecer o que toca a melhoria da vida da população, e não se concentrar na cobrança severa de mau uso das palavras.
Os bons projetos estão prontos para execução. Falta a consciência de todos os envolvidos, dentro e fora do poder público, de que não podemos ficar mais na perplexidade de um debate sem fim. Nossas fragilidades apontam para os altos riscos de maiores dificuldades.
Neste clima, o Judiciário vem ousando enfrentar a nítida vontade popular e buscar preciosismos jurídicos para restabelecer a impunidade no país .
A sabedoria popular já diz que em casa em que falta pão prevalece a confusão. Uma demora maior na remoção dos entraves ao desenvolvimento vai afetar a vida de todos de maneira mais aguda.
É preciso responsabilidade, inclusive em cobrar um compromisso com a realidade.
Senão vai faltar pão!
*Articulista e Escritor.