Um novo ataque próximo a centros de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza deixou 73 palestinos mortos, neste domingo (20), por disparos israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Por sua vez, as IDF (Forças de Defesa de Israel) afirmam que soldados atiraram para “para remover uma ameaça imediata” às autoridades, e que o número de óbitos é menor.
O que aconteceu
A maioria das vítimas estava no norte de Gaza, onde ao menos 67 civis foram mortos, segundo ministério de Gaza.
Mais cedo, a Defesa Civil do território informou que 44 palestinos haviam sido mortos e dezenas feridos por disparos israelenses perto de um centro de distribuição de ajuda humanitária na região.
Porém, horas depois, o Ministério da Saúde informou que o número de vítimas aumentou, incluindo 150 feridos, após mais civis serem levados em estado grave aos hospitais que atendem a região.
Forças de Defesa de Israel afirmaram que disparos buscavam “remover ameaça imediata às forças”. Segundo divulgado pelo jornal israelense Haaretz, as IDF reconheceram estar cientes das alegações de que houve mortes após o ataque, mas acrescentaram que “uma revisão preliminar indica que o número relatado de baixas não condiz com as informações existentes”.
Ataque mais letal
O ataque de hoje é um dos mais letais próximos a centros de distribuição de ajuda desde o início do conflito em Gaza.
Em fevereiro de 2024, ao menos 118 morreram e 760 ficaram feridos após militares israelenses abrirem fogo contra uma multidão que tentava obter comida de caminhões de ajuda na Cidade de Gaza, no que ficou conhecido como “massacre da farinha”.
Ainda neste domingo, o Ministério da Saúde de Gaza registrou outras 86 mortes de civis por fome e desnutrição.
Em comunicado divulgado pelo seu canal de Telegram, o órgão responsabiliza “a ocupação israelense e a comunidade internacional por essa tragédia”.
Ontem, outras 39 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas por disparos israelenses perto de centros de distribuição de ajuda em outras regiões, segundo a Defesa Civil de Gaza.
Rotina
Ataques do tipo viraram rotina desde que a FHG (Fundação Humanitária de Gaza), sistema de distribuição de alimentos apoiado por Israel e Estados Unidos, começou a operar no território.
A fundação começou a operar no fim de maio, com apenas quatro pontos de distribuição e com quantidades de alimento consideradas insuficientes por organizações internacionais para suprir a escassez no território. Sob o sistema de distribuição anterior, coordenado pela ONU, havia cerca de 400 pontos.
Assim, a ONU contabilizou quase 800 assassinatos em pontos de ajuda entre maio e julho.
No último dia 11, o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas informou que registrou ao menos 798 mortes por ataques atribuídos a forças israelenses, de 27 de maio a 7 de julho, próximos a centros de distribuição de alimentos administrados pela GHF e comboios geridos por outros grupos de ajuda humanitária.
*Com UOL.
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