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Irã retirou urânio de instalações antes de ataque dos EUA, e estoque está intacto, diz jornal

Novas informações colocam em dúvida as falas de Trump sobre ter acabado com o programa nuclear do Irã
Agência Estado -
Entrada da Instalação Nuclear de Natanz, no Irã. (Foto: Parsa 2au, Wikimedia Commons)

Os Estados Unidos bombardearam na noite de domingo (22) instalações de Fordow, Natanz e Isfahán.

Relatórios de inteligência fornecidos a governos europeus apontam que o estoque de urânio enriquecido do Irã permanece em grande parte intacto após os ataques dos Estados Unidos, segundo informações do jornal britânico Financial , citando dois oficiais de países europeus.

De acordo com o jornal, o relatório de inteligência sinalizou que o estoque de urânio enriquecido de Teerã, que é de 408 kg, não estava concentrado apenas na instalação nuclear de Fordow, no momento do ataque americano, e foi distribuído para várias outras localizações.

As novas informações colocam em dúvida a afirmação do presidente dos Estados Unidos, , de que o bombardeio americano havia “acabado” com o programa nuclear do Irã.

Os oficiais citados pelo Financial Times apontaram que os governos da UE estavam esperando por um relatório de inteligência completo sobre os danos em Fordow. A avaliação parcial é de que a instalação sofreu “danos extensos, mas não destruição completa”.

O Irã sinalizou que o estoque de urânio enriquecido foi movido antes dos ataques de Washington.

Ataque

No dia 21 de junho, os EUA decidiram entrar na guerra contra o Irã e atacaram o país persa com bombas de fragmentação que atingiram as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan.

Após o ataque, que Trump classificou como um “sucesso”, o presidente americano disse que não acreditava em uma avaliação provisória da inteligência dos EUA que dizia que o programa nuclear iraniano havia sido atrasado apenas por alguns meses.

Um outro relatório divulgado por Israel apontou que o ataque americano ao local nuclear iraniano reforçado em Fordow “destruiu a infraestrutura crítica do local e tornou a instalação de enriquecimento inoperante”.

O Irã ainda teria condições de produzir uma arma atômica, caso tenha conseguido manter o seu estoque de urânio enriquecido. Teerã insiste que seu programa é para fins civis pacíficos.

Antes do início da guerra com Israel no dia 13 de junho, o Irã chegou a enriquecer urânio com até 60% de pureza, grau próximo do necessário para construir armas.

Acordo nuclear

Antes do início da guerra, o governo Trump vinha mantendo negociações indiretas com o Irã para costurar um acordo nuclear. As negociações foram interrompidas durante a guerra e devem retornar na semana que vem, segundo informações divulgadas pelo próprio Trump, em uma entrevista coletiva em Haia, durante a cúpula da Otan.

O republicano sinalizou que um acordo não era necessário após os ataques americanos.

“Não me importo se tenho um acordo ou não”, disse Trump. “A única coisa que pediríamos é o que pedíamos antes, que não queremos armas nucleares.”

Não está claro qual seria o formato das novas discussões. O secretário de Estado Marco Rubio disse que os Estados Unidos estavam buscando negociações diretas entre os países.

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