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Irã afirma que instalações nucleares foram ‘gravemente danificadas’ por ataques dos EUA

Ataques dos EUA foram um 'golpe prejudicial' ao direito internacional e ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, disse porta-voz iraniano
Agência Estado -
Bandeira do Irã. (Reprodução / Irã)

O Irã afirmou que suas instalações nucleares foram “gravemente danificadas” pelos ataques aéreos dos EUA, o primeiro comentário desse tipo feito por Teerã, enquanto cresce o debate sobre o quanto os bombardeios conseguiram prejudicar o programa atômico da República Islâmica.

“Nossas instalações nucleares foram gravemente danificadas, isso é certo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmail Baghaei, em entrevista à TV Al Jazeera nesta quarta-feira, 25.

Baghaei não deu mais detalhes e disse que as autoridades ainda estavam avaliando a situação no local. Ele acrescentou que os ataques dos EUA foram um “ prejudicial” ao direito internacional e ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, do qual o Irã é signatário.

É a primeira vez que uma autoridade iraniana aborda a extensão dos danos causados pelos ataques de 22 de junho, que envolveram bombardeios dos EUA a três instalações nucleares no Irã usando 14 bombas bunker-buster, com mais de 13 quilos de explosivos e capazes de penetrar fortificações enterradas em grandes profundidades.

Os comentários foram feitos horas depois de o presidente dos EUA, , contestar um relatório da inteligência americana que afirmava que os ataques tiveram “impacto limitado no programa nuclear” do Irã.

Uma avaliação da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono afirmou que o bombardeio provavelmente não danificou os componentes principais armazenados no subsolo, incluindo centrífugas, de acordo com pessoas familiarizadas com seu conteúdo.

Comentando sobre o vazamento de informações de inteligência, Trump disse que o relatório era “muito inconclusivo”, mas ainda acreditava que os locais foram destruídos.

“A inteligência diz que não sabemos”, disse ele a repórteres em uma cúpula da Otan em Haia. “Pode ter sido muito grave. É o que diz a inteligência. Então, isso está correto, mas acho que assumir que não sabemos. Foi muito grave. Foi uma obliteração”.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, disse acreditar “que tenham ocorrido danos muito significativos” em Fordow, o principal local de enriquecimento de urânio do Irã, construído sob uma montanha. A AIEA não tem acesso ao Irã desde que Israel começou a atacar o país em 13 de junho.

Hoje, Grossi disse que sua principal prioridade é fazer com que seus inspetores voltem às instalações nucleares do Irã para avaliar o impacto dos ataques militares dos EUA e de Israel e verificar seus estoques de urânio enriquecido.

“Esta é a prioridade número 1”, disse Grossi em uma coletiva de imprensa durante uma reunião do gabinete de segurança austríaco. Ele está buscando o retorno de seus inspetores às instalações iranianas, incluindo as três usinas onde o urânio era enriquecido até Israel lançar os ataques em 13 de junho.

Questionado se o Irã o havia informado sobre o status de seus estoques de urânio enriquecido, particularmente o urânio enriquecido com pureza de até 60%, próximo ao grau de armamento, ele apontou para uma carta que recebeu do Irã em 13 de junho, dizendo que o Irã tomaria “medidas especiais” para proteger seus materiais e equipamentos nucleares.

Imagens de satélite mostram que os planejadores militares dos EUA tiveram o cuidado de não atingir os reatores da instalação de pesquisa de Isfahan, que parece ter sido intencionalmente deixado intacto.

A Comissão de Energia Atômica de Israel disse que os ataques dos EUA a Fordow, no Irã, tornaram a instalação de enriquecimento inoperante, e atrasaram em “muitos anos” a capacidade do país de desenvolver suas armas nucleares.

Trump negociou um cessar-fogo para encerrar a guerra de 12 dias entre Israel e o Irã, que parecia estar em vigor nesta quarta. O presidente havia criticado ambos os países um dia antes, especialmente Israel, pelo que ele considerou violações precoces do acordo de trégua. Ambos os países afirmaram que honrarão o cessar-fogo, desde que seu inimigo faça o mesmo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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