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Mundo

Europa reage a Trump e exige inclusão da Ucrânia em negociações de paz

Presidente americano e Putin se reuniram para discutir fim da guerra na Ucrânia
Agência Estado -
Donald Trump (Reprodução, Instagram)

Os governos de , Reino Unido e , as principais potências europeias, rechaçaram nesta quinta, 13, as negociações apenas entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para pôr um fim à guerra na Ucrânia. Eles exigem a participação de Bruxelas e Kiev.

Ontem, o presidente americano parece ter mudado de ideia. Questionado por repórteres, na Casa Branca, se os ucranianos teriam lugar na mesa de negociações, ele disse que sim. “Eles são parte disso. Teríamos Ucrânia, Rússia e outras pessoas envolvidas também”, afirmou.

No entanto, no dia anterior, Trump e Putin conversaram por telefone e concordaram em se reunir para negociar um acordo que, provavelmente, deve incluir uma partilha da Ucrânia. A reunião, que deve ocorrer na Arábia Saudita, segundo a Casa Branca, não teria a presença do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, nem dos europeus.

Putin disse a Trump que qualquer acordo deveria solucionar “as causas do conflito” – uma referência à expansão da Otan no Leste da Europa. Mas, de acordo com os europeus, qualquer discussão que envolva a segurança regional tem necessariamente que contar com a opinião da Europa.

Defesa

O premiê britânico, Keir Starmer, afirmou que “não faz sentido uma negociação sobre a Ucrânia sem a presença da Ucrânia”. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a Europa precisa “acordar e se defender sozinha”. E o chanceler alemão, Olaf Scholz, criticou “uma paz ditada” pelos EUA e pela Rússia.

A ausência de Zelenski nas negociações e as demandas de Putin preocupam os europeus. Em reunião ontem dos ministros de Defesa da Otan, em Bruxelas, o alemão Boris Pistorius afirmou que os EUA não deveriam ter feito concessões à Rússia antes das negociações, afastando a possibilidade de adesão da Ucrânia à Otan e aceitando que o país abra mão de parte de seu território.

O ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, foi irônico ao comentar o telefonema entre Trump e Putin. “Parece uma tentativa de chegar à paz pela fraqueza, em vez da força”, disse, em referência ao slogan “paz pela força”, usado por Ronald Reagan para negociar com a União Soviética, nos anos 80, frequentemente adotado por Trump.

A também expressou descontentamento. “Qualquer acordo de paz sobre a Ucrânia negociado sem Kiev e os europeus está fadado ao fracasso”, advertiu a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas. “Nenhum acordo pelas nossas costas funcionará, qualquer acordo precisará da participação da Ucrânia e da Europa.”

Em entrevista à CNN, na quarta-feira, John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, afirmou que o presidente americano havia “se rendido a Putin”. “Se você estiver entrando em uma negociação, nunca anuncie o que é aceitável ou não antes de ela começar”, disse. “Trump se rendeu a Putin.”

O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, que na quarta-feira disse que Trump vetou a adesão da Ucrânia à Otan como parte de um plano de paz, disse ontem, em Bruxelas, que o telefonema com Putin “não foi uma traição”.

Na quarta-feira, Zelenski tentou parecer otimista, dizendo que havia conversado com Trump e acreditava que a força dos EUA seria suficiente para pressionar a Rússia e Putin. Ontem, porém, ele alertou os líderes mundiais que Putin não era confiável.

Territórios

A questão de onde as fronteiras da Ucrânia com a Rússia devem ser traçadas em qualquer negociação de paz entrou em foco nesta semana, depois que Hegseth disse que era “irrealista” para Kiev recuperar todo o território perdido desde 2014.

Kiev há muito tempo afirma que seu objetivo é restaurar as fronteiras de 2014, de antes da anexação da Crimeia. Desde 2022, quando a guerra começou, os russos conseguiram dominar parcialmente quatro regiões do leste da Ucrânia, tomando Donetsk, Luhansk, Zaporizhzia e Kherson. No total, Putin detém cerca de 20% do território ucraniano.

O temor dos europeus é de que Trump possa ceder ainda mais, como concordar em deter ou reverter a expansão da Otan, o que colocaria em risco estratégico países como Polônia, Romênia e as repúblicas do Báltico.

Apoio

Ontem, Trump repetiu que estava convencido de que Putin “quer a paz”. Ele também pediu o retorno da Rússia ao G-7, grupo de países mais ricos do mundo, dizendo que a expulsão foi um erro. A Rússia foi suspensa em 2014, após a anexação da Crimeia, e anunciou sua retirada permanente em 2017. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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