Pular para o conteúdo
Mundo

Dólar sobe e fecha a R$ 5,51 com questões técnicas e tombo do petróleo

Investidores demonstraram alívio com a diminuição das tensões entre Irã e Israel
Agência Estado -
dolar
Dólar (Reprodução, Freepik)

O dólar à vista ganhou força ao longo da tarde e encerrou a sessão desta terça-feira, 24, em alta de 0,29%, a R$ 5,5189, após máxima a R$ 5,5239. No exterior, a moeda americana recuou tanto frente a divisas fortes quanto emergentes, em dia marcado pela retomada do apetite ao risco com a diminuição das tensões no .

Operadores atribuíram o tropeço do real a questões técnicas, com fluxo pontual de saída de recursos e recomposição parcial de posições defensivas. Pela manhã, o dólar rompeu o piso de R$ 5,50 e registrou mínima a R$ 5,4759, movimento que pode ter atraído compradores.

A queda de mais de 5% dos preços do petróleo também pode ter prejudicado o real, embora as demais divisas emergentes tenham desempenho positivo. Entre as moedas mais ligadas ao preço da commodity, apenas a coroa norueguesa perdeu valor nesta terça.

“A liquidez está baixa e o cupom cambial em alta. Aparentemente, tem estrangeiro saindo, algo que acontece em fim de semestre, ou até mesmo busca por hedge. O BC viu a distorção no cupom e resolveu intervir”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, ressaltando que a diminuição do cupom tende a favorecer operações de carry trade.

Na segunda à noite, o (BC) anunciou para a quarta-feira, 25, uma intervenção dupla no mercado de câmbio: de venda de US$ 1 bilhão no segmento spot e oferta de 20 mil contratos de swap cambial reverso (equivalente a US$ 1 bilhão), o que, na prática, significa compra de dólar futuro.

A conjugação dessas intervenções teria como objetivo conter certo estresse no mercado de cupom cambial curto, que reflete a taxa de juros em dólar no Brasil. Com tamanho idêntico das operações, não há efeito maior sobre a taxa de câmbio nem sobre o nível de reservas líquidas.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, também avalia que o BC parece querer reduzir a inclinação da curva de cupom cambial.

“Quando o BC vende no spot, os bancos costumam desovar os dólares aqui dentro, o que reduz a taxa do cupom cambial”, afirma Borsoi, que vê a alta do dólar nesta terça provavelmente ligada a fatores domésticos, já que a moeda americana recua no exterior. “O peso mexicano, que poderia apanhar em razão da queda do petróleo, que já soma quase 13% em dois dias, está indo muito bem. Parece ser algo mais interno”.

Apesar do escorregão desta terça, o real apresenta ainda no ano o melhor desempenho entre divisas emergentes latino-americanas, com ganhos de quase 11% em relação à moeda americana. Parte do fôlego do real é atribuída à atratividade do carry trade, em razão do diferencial elevado entre juros locais e externos.

Divulgada pela manhã, a ata do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, quando a taxa básica Selic foi elevada de 14,75% para 15%, sinalizou que o ciclo de aperto monetário foi encerrado e reforçou a mensagem do comunicado de que a taxa permanecerá em nível elevado por período prolongado – cenário teoricamente favorável ao real.

No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes – furou o piso dos 98,000 pontos, com mínima de 97,707 pontos, e já acumula queda de mais de 1,50% nesta semana.

Além da diminuição das tensões no Oriente Médio, com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cessar-fogo no conflito entre Irã e Israel (embora haja acusações mútuas de descumprimento), o dólar se enfraquece diante da perspectiva crescente de que um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) está cada vez mais próximo.

Após dois dirigentes do Fed indicarem na segunda-feira que estão prontos para afrouxar a política monetária, o presidente do BC americano, Jerome Powell, adotou tom mais cauteloso em testemunho no Congresso dos EUA, reiterando a estratégia de “esperar para ver”. Ele ponderou que a maioria significativa dos dirigentes acredita que será possível cortar os juros ainda neste ano.

Siga o Jornal Midiamax nas redes sociais

Você também pode acompanhar as últimas notícias e atualizações do Jornal Midiamax direto das redes sociais. Siga nossos perfis nas redes que você mais usa. 👇

É fácil! 😉 Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.

💬 Fique atualizado com o melhor do jornalismo local e participe das nossas coberturas!

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Éder Militão e Tainá Castro se casam com cerimônia luxuosa em São Paulo

Falha na inscrição da Prova Nacional Docente afeta professores de MS

Oposição suspeita de manipulação financeira e favorecimento com tarifaço de Trump

upa

Confira escala médica nas UPAs e CRSs de Campo Grande neste sábado

Notícias mais lidas agora

Campo-grandense, morre o ícone da publicidade Roberto Duailibi

Interdição em macroanel pega motoristas de surpresa na BR-163 em Campo Grande

Governo dos Estados Unidos revoga vistos de Moraes e mais 7 ministros do STF

patrola

Investigado por corrupção, Patrola tem contrato reajustado para quase R$ 4 milhões em Ladário

Últimas Notícias

Polícia

A caminho do trabalho, jovem morre ao ser arrastado por carro em Três Lagoas

Eletricista de 20 anos morreu ao colidir a motocicleta que pilotava com um carro no Centro de Três Lagoas

Polícia

Jovens são espancados e ameaçados por desconhecidos em Pedro Juan Caballero

Agressões aconteceram nesta sexta-feira; vítimas foram levadas para o lado brasileiro

Brasil

‘Moraes não pode fazer nada” diz Eduardo Bolsonaro ao lado de ‘chefe dos embaixadores’ dos EUA

Deputado federal publicou foto ao lado de representante estadunidense

Esportes

Meia maratona: Trechos da Avenida Presidente Vargas serão interditados em Dourados

Organizadores montam logística para garantir segurança e conforto aos competidores