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Mundo

Aliados de Putin sugerem uso de armas nucleares na Ucrânia após ataques dentro da Rússia

Possibilidade vem sendo cogitada desde o início da guerra, mas sempre por figuras extremistas e em tom de ameaça
Agência Estado -
Presidente russo Vladimir Putin. (Alexei Druzhnin)

Drones ucranianos destruíram vários aviões militares da no fim de semana, na Operação Teia de Aranha. O ataque deixou o presidente russo, Vladimir Putin, em uma posição difícil. Para não demonstrar fraqueza, ele precisa dar uma resposta dura. Alguns blogueiros, estrategistas militares, ex-agentes da KGB e assessores ligados a Putin defenderam nos últimos dias o uso de armas nucleares.

A possibilidade de usar armas nucleares na Ucrânia vem sendo cogitada desde o início da guerra, mas sempre por figuras extremistas e em tom de ameaça. Após os ataques ucranianos, porém, a ideia ganhou corpo na mídia pró-Kremlin, com analistas, canais na internet e blogueiros pedindo vingança — muitos defendendo o uso do arsenal atômico.

“Depois da nuvem em forma de cogumelo [referência a uma bomba nuclear], a gente pensa em quem mentiu, errou e assim por diante”, diz uma publicação do canal Two Majors, que tem mais de um milhão de inscritos no Telegram. Os ataques ucranianos, segundo o canal, oferecem muito mais do que um pretexto, uma razão para bombardear a Ucrânia.

O apresentador da TV estatal Russia-1, Vladmir Solovyov, próximo de Putin, afirmou que a operação ucraniana é “motivo para um ataque nuclear”. Ele também defendeu atacar o escritório do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em Kiev, e bombardear campos de aviação na Polônia e na Romênia, que estariam sendo usados pelos ucranianos.

Andrei Bezrukov, ex-agente da KGB, concordou e afirmou que chegou a hora de “ataques preventivos” contra o Ocidente. “Esses ataques à nossa infraestrutura nuclear são testes sistemáticos para ver até que ponto suportamos isso. É uma preparação para a guerra nuclear”. Alexander Kots, um popular blogueiro russo, pediu que Putin “ataque com toda a força, independentemente das consequências”.

Vários especialistas russos afirmam que o fato de a Operação Teia de Aranha ter destruído um número significativo de bombardeiros nucleares estratégicos pode ser interpretado como uma violação grave, que exige uma resposta com o máximo de força, segundo a doutrina nuclear da Rússia, que foi recentemente atualizada pelo Kremlin.

A nova doutrina afirma que “qualquer ataque a uma infraestrutura militar de importância, que afete a resposta nuclear, pode desencadear uma retaliação nuclear”. Antes, o uso de armas atômicas só era permitido contra outra potência nuclear. Agora, países com armas convencionais também viraram alvo quando apoiados por potências nucleares — caso de EUA e , que participam diretamente da guerra, segundo o Kremlin.

A Rússia opera dois tipos de aviões capazes levar armas atômicas — o Tu-160 e o Tu-95 MS. Ao todo, seriam 67 aeronaves, segundo os EUA. A Ucrânia afirma ter destruído 34% deles, o equivalente a US$ 7 bilhões. Ontem, os americanos disseram que teriam sido apenas 10 bombardeiros avariados e outros 10 destruídos.

Os bombardeiros estratégicos são de difícil reposição — a Rússia produz apenas quatro Tu-160 por ano. O analista de aviação Alexei Zakharov disse que, se 15 bomardeiros tiverem sido avariados, o número de mísseis de cruzeiro nucleares que a Rússia é capaz de disparar cairia para menos de 100.

Apesar do clamor por vingança, alguns especialistas ligados ao Kremlin pediram cautela. O analista Sergei Markov, ex-assessor de Putin, lembrou que o uso de armas nucleares aumentaria o isolamento da Rússia. O grau de destruição e as mortes em massa poderiam afastar aliados importantes de Moscou, como e Índia.

À CNN, o ex-vice-ministro de Energia Vladimir Milov disse que a resposta provável seria um ataque “bárbaro”, mas convencional. “Não há outra saída, porque a Rússia não tem pessoal suficiente para lançar uma ofensiva maciça”, disse. “Não acredito em um ataque nuclear, embora Putin tenha demonstrado muitas vezes ser capaz de recorrer à barbárie e à vingança.” (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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