Mensagens racistas nos EUA: FBI e Departamento de Justiça investigam o envio em massa
Pessoas negras em todo o país receberam mensagens
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O FBI e vários departamentos de segurança pública nos Estados Unidos estão investigando como foi feito o envio em massa de mensagens de texto racistas a pessoas negras, por todo o país, após as eleições presidenciais desta semana. Diversos Estados relataram que mensagens anônimas que remetiam à escravidão foram enviadas a homens, mulheres e até crianças negras.
Embora os conteúdos variem em alguns aspectos, todas as mensagens instruíam os destinatários a embarcar em um ônibus que os levaria a uma “plantation” – antigas propriedades onde trabalhavam os negros escravizados no sul do país.
O FBI afirmou que contatou o Departamento de Justiça sobre as mensagens. Já a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) informou que está investigando em conjunto com as autoridades federais e estaduais.
Liz Murrill, a procuradora-geral do estado de Louisiana, disse que foi utilizado um VPN para ocultar a origem das mensagens. O procurador-geral de Maryland, Anthony Brown, chamou a atenção para o fato de que muitas crianças foram alvo dos ataques e que algumas das mensagens incluíam até os nomes dos menores, informações que normalmente dependem de conjuntos de dados coletados de adultos, como doadores de campanhas ou assinantes de revistas. As autoridades acreditam que as mensagens parecem fazer parte de uma campanha nacional dirigida a pessoas negras após a eleição.
A CTIA, organização que representa a indústria de comunicação sem fio dos Estados Unidos, foi notificada sobre as mensagens racistas pelas principais operadoras de telefonia móvel, AT&T e Verizon.
Segundo as duas empresas, o problema afeta toda a indústria. Nick Ludlum, porta-voz da CTIA, disse que as operadoras “têm trabalhado nos últimos dias para bloquear milhares dessas mensagens e os números responsáveis pelo envio”. A CTIA informou que, junto com as autoridades, já conseguiu identificar as plataformas usadas por criminosos para o envio das mensagens racistas.
A professora assistente de Software e Serviços de Informação da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, Cori Faklaris, acredita que os agressores podem ter tido acesso às informações dos destinatários por meio da compra de pacotes de dados pessoais disponíveis a baixo custo na internet. Segundo a especialista, quando combinados com outros dados, como local de residência ou compras passadas, pode ser fácil usar algoritmos de machine learning para inferir informações demográficas. “Tudo isso significa que pode ser mais fácil do que a maioria das pessoas imagina fazer uma boa suposição sobre a raça ou etnia da pessoa associada a esse número de telefone”, disse ela.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
- Lula ficará com dreno na cabeça e na UTI do Sírio Libanês após cirurgia de emergência
- Motociclista bêbada é presa na MS-316 e diz que estava a caminho de entrevista de emprego
Últimas Notícias
Jovem tem faca cravada no ombro e pulmão perfurado após briga com namorada
Jovem deve passar por cirurgia
Deus ruim: Ladrão rouba loja de celulares e logo depois é capturado por populares
Acusado foi levado até a delegacia pelo próprio dono do estabelecimento
[ BASTIDORES ] Flashing lights… Vereador fez sessão de fotos no escuro
Casas de Leis cancelaram atividades após falta temporária de luz
Proposta quer cassar o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul após queda de al-Assad
O relator do projeto é o deputado Rodrigo Valadares
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.