O Irã declarou nesta segunda-feira (28) que usará “todos os meios possíveis” para responder ao ataque israelense realizado no final de semana em Teerã, que resultou na morte de quatro soldados iranianos.
De acordo com informações da agência Reuters, a resposta do Irã a Israel será “definitiva e eficaz”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, em uma entrevista coletiva transmitida pela TV. Baghaei ressaltou que a natureza da retaliação iraniana dependerá da gravidade do ataque israelense, sem, no entanto, fornecer mais detalhes sobre as possíveis ações do governo.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, declarou no domingo (27) que o Irã precisa mostrar sua força diante de Israel, acrescentando que as autoridades iranianas devem avaliar cuidadosamente o ataque para não “minimizar nem exagerar” a resposta.
O vice-presidente iraniano, Mohammad Reza Aref, também condenou o ataque israelense, prometendo uma retaliação proporcional. Ele afirmou que o exército israelense deve “esperar uma resposta” correspondente às suas ações, segundo informações da agência de notícias estatal iraniana.
Na sexta-feira (25), Israel lançou uma série de ataques contra o Irã, com explosões registradas próximas à capital, Teerã. A operação foi uma resposta do governo de Benjamin Netanyahu ao ataque iraniano ocorrido no início de outubro. Israel utilizou dezenas de aeronaves da Força Aérea, incluindo caças, para executar a operação a cerca de 1.600 quilômetros de seu território. O governo israelense informou que todas as aeronaves retornaram com segurança às suas bases.
Após a conclusão dos ataques, Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, comentou a operação: “Realizamos ataques direcionados e precisos contra alvos militares no Irã, frustrando ameaças imediatas ao Estado de Israel. As Forças de Defesa de Israel cumpriram sua missão.”
O governo iraniano anunciou que seu sistema de defesa aérea conseguiu interceptar alguns dos ataques israelenses, mas reconheceu que houve “danos limitados” em bases militares em Teerã, Khuzestan e Ilam.
Com informações da Reuters
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