Após o aumento da circulação da Ômicron no mundo, os Estados Unidos confirmaram a presença de uma subvariante da cepa da Covid-19 em quase metade do país. A BA.2, como tem sido chamada a subvariante da Ômicron, já registrava 127 casos até a última segunda-feira.
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos ressaltou que a subvariante ainda circula em baixo nível no país.
Apesar disso, a BA.2 já foi apontada como sendo 1,5 vezes mais contagiosa que a cepa original da Ômicron, de acordo com o Statens Serum Institut, responsável pela vigilância de doenças infecciosas da Dinamarca, país que já tem a BA.2 predominando. “Atualmente, não há evidências de que a linhagem BA.2 seja mais grave que a linhagem BA.1”, disse a porta-voz do CDC, Kristen Nordlund.
Conforme Troels Lillebaek, diretor do Comitê que realiza a vigilância das variantes do Covid na Dinamarca, a BA.2 já registra cinco mutações únicas. Elas estão localizadas em uma parte fundamental da proteína spike, que o vírus utiliza para se ligar às células humanas e invadi-las.
Incertezas da subvariante
Até o momento, não se sabe se a BA.2 é capaz de reinfectar as pessoas que foram infectadas pela Ômicron original. Porém, pesquisadores ponderam que a infecção anterior talvez forneça alguma imunidade cruzada.
Na Dinamarca, a subvariante resultou no aumento de infecções e as internações hospitalares cresceram de 12 para 967.
A BA.2 não parece reduzir ainda mais a eficácia das vacinas, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. Além disso, uma dose de reforço foi 70% eficaz na prevenção de doenças sintomáticas, duas semanas após ser aplicada.