Jornal russo editado por vencedor do Nobel da Paz suspende operações
As normas repressivas do governo russo, incluem pena de até 15 anos de prisão para jornalistas que divulgarem “informações falsas” – o que, pelo critério do Kremlin, inclui chamar a guerra de guerra
Agência Estado –
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O jornal independente russo Novaya Gazeta, editado pelo vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2021, Dmitri Muratov, anunciou a suspensão temporária de suas operações após pressão das autoridades russas – que fecham o cerco contra a imprensa que não reproduz a narrativa do Kremlin sobre a guerra na Ucrânia.
Em comunicado publicado em seu site, o jornal informou ter tomado a decisão após receber uma segunda advertência do regulador russo de telecomunicações por ter violado uma lei sobre “agentes estrangeiros”. “Não há outra solução. Para nós e, eu sei, para vocês, é uma decisão terrível e dolorosa. Mas temos que nos proteger”, escreveu Muratov em uma carta aos leitores do jornal.
A Novaya Gazeta foi notificada por não ter detalhado que uma ONG mencionada em uma de suas matérias foi classificada como “agente estrangeiro” pelas autoridades russas, conforme exigido por lei. O jornal recebeu um primeiro aviso em 22 de março e um segundo nesta segunda-feira, 28.
Aqueles que são descritos como “agentes estrangeiros” devem se apresentar como tal em qualquer publicação, inclusive nas redes sociais. A imprensa que os cita também deve especificá-lo.
“Recebemos duas advertências do Roskomnadzor (regulador estatal de comunicações ). É melhor fecharmos, porque se recebermos um terceiro aviso eles podem retirar nossa licença e isso significaria nosso desaparecimento”, declarou Nadezhda Prusenkova, assessora de imprensa do jornal, à agência EFE.
Em um comunicado público, a organização jornalística informou estar “interrompendo a divulgação do jornal no site, nas redes (sociais) e no papel – até o final da ‘operação especial no território da Ucrânia’”.
Quando a Rússia invadiu à Ucrânia, Muratov decidiu manter a publicação do Novaya Gazeta após uma reunião com seus colaboradores, optando continuar com as imprimir três edições semanais, adaptando a cobertura às normas repressivas do governo russo, que incluem pena de até 15 anos de prisão para jornalistas que divulgarem “informações falsas” — o que, pelo critério do Kremlin, inclui chamar a guerra de guerra. (Com agências internacionais).
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