As consequências econômicas da invasão da pela Rússia e a alta da em todo o mundo deram o tom da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), encerrada neste domingo, 24, em Washington. Nas conferências, nenhuma das autoridades arriscou uma previsão sobre quando a guerra no Leste Europeu acabará, o que demanda dos governos poupar os recursos, com controle da dívida pública.

Ao mesmo tempo, a urgência no combate à alta expressiva dos preços foi um consenso entre as autoridades participantes do evento. Muitas delas estavam convictas de que o Federal Reserve (Fed, o dos EUA) teria demorado a subir os juros.

O presidente do Fed, Jerome Powell disse que uma alta de 0,50 ponto porcentual está “na mesa” para o próximo encontro do Fomc, em maio. Ele ressaltou que têm mérito as ações emergenciais para mitigar a alta do petróleo deflagrada pela guerra, como a liberação de reservas estratégicas do produto pelo presidente americano, Joe Biden.

Já Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi bem menos incisiva do que Powell, ao não indicar uma elevação imediata de juros. Ela vive um drama maior no comando do BCE, pois a Europa está sendo diretamente atingida pela guerra na Ucrânia e corre o risco de enfrentar uma recessão, caso o conflito se prolongue.

Para Lagarde, não é razoável fixar uma data para a elevação dessas taxas porque, se o BCE é dependente de dados, então, “pelo amor de Deus” é preciso esperar tais estatísticas trazerem informações que justifiquem o aperto da política monetária.