Bento 16 é criticado em relatório de abusos cometidos por sacerdotes

Foram investigadas acusações de abuso sexual entre 1946 e 2019

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O ex-papa Bento 16
O ex-papa Bento 16

O ex-papa Bento 16 não tomou medidas contra sacerdotes acusados em quatro casos de abuso sexual em sua arquidiocese quando era o arcebispo de Munique, concluiu um relatório na quinta-feira (20).

O escritório jurídico Westpfahl Spilker Wastl (WSW) foi encarregado de investigar as acusações de abuso sexual na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019.

O relatório, comissionado pela arquidiocese, disse que há pelo menos 497 vítimas de abuso, a maioria delas jovens do sexo masculino. Muitos outros casos provavelmente não foram reportados, apontaram os advogados.

Um porta-voz do ex-papa não respondeu imediatamente a um pedido por comentários. Bento, que tem hoje 94 anos, vive no Vaticano desde que renunciou como pontífice em 2013.

Os advogados receberam a tarefa de descobrir quem sabia o que, e quais medidas foram tomadas. As atenções se focaram sobre Joseph Ratzinger, posteriormente conhecido como o papa Bento 16, que foi o arcebispo de Munique entre 1977 e 1982.

Ao apresentar o relatório do escritório WSW, o advogado Martin Pusch disse que Ratzinger nada fez contra os abusos em quatro casos.

“Em um total de quatro casos, chegamos a um consenso de que houve um fracasso em agir”, disse Pusch, acrescentando que o ex-papa havia recusado “rigorosamente” a responsabilidade pelas acusações.

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