“A Alemanha nomeia Tedros para outro mandato”, disse um porta-voz do Ministério da Saúde alemão.

O apoio oficial de um país é indispensável para se ser candidato à agência da ONU dedicada à saúde e Tedros, no cargo desde julho de 2017, deve ser o único a concorrer à liderança da OMS.

Tedros Adhanom Ghebreyesus tornou-se, em 2017, o primeiro africano a assumir a liderança da agência das Nações Unidas, na primeira linha desde o início da pandemia de covid-19.

O diplomata ainda não anunciou oficialmente que se apresentará para um segundo mandato de cinco anos, mas fontes diplomáticas declararam que ele era candidato, segundo a agência France-Presse.

Embora deva conseguir o apoio de muitos membros da OMS, a candidatura de Tedros complicou-se desde que a Etiópia lhe retirou o seu apoio, devido às suas declarações em relação ao conflito na sua região natal, o Tigray.

Os candidatos à direção do organismo da ONU são geralmente designados pelo país de origem, embora isso não seja obrigatório. A maioria dos observadores previa que o apoio oficial viesse de um país africano e, por isso, o anúncio da Alemanha foi uma surpresa.

Tedros irritou o governo de Adis Abeba, ao utilizar por várias vezes a tribuna da OMS para condenar a repressão na sua região de origem.

Os Estados-membros da OMS têm até as 16h (hora local) desta quinta-feira (23) para designar os candidatos ao cargo de diretor-geral, mas os nomes só serão anunciados oficialmente no início de novembro.