Quase um ano depois, marco zero da pandemia volta à vida normal

Apesar disso, OMS alerta que doença permanecerá enquanto não houver vacina

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Wuhan, cidade na província chinesa de Hubei, voltou à vida normal após superar a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A cidade foi a primeira no mundo a registrar os primeiros casos da enfermidade que se espalhou pelos cinco continentes.

A cidade viveu um duro lockdown (do inglês, fechamento total) por vários meses até ver os números da pandemia cair. Em todo o planeta, a Covid-19 já matou 1 milhão de pessoas – mais de 140 mil apenas no Brasil.

“Um milhão de pessoas, falando em termos relativos à população global, pode não ser muito. Mas estamos falando de pessoas reais, de pessoas que tinham família”, disse o cientista Hu Lingquan.

As aulas presenciais já voltaram em Wuhan. No início do ano, a cidade ficou deserta durante o rígido regime de isolamento social. Agora, a rotina de festas e passeios em parques públicos foi retomada.

Com 11 milhões de habitantes, Wuhan registrou 50.340 casos e 3.869 mortes, o maior número de infectados e óbitos na China. Desde maio, não há confirmações e cidadãos criticam o combate à pandemia em outros países.

Para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o novo coronavírus é o “vírus chinês”. Para o líder brasileiro, Jair Bolsonaro, é uma “gripezinha”.

“Do ponto de vista chinês, a resposta de outros países ao vírus tem sido muito ruim”, diz o cientista. 

Enquanto não houver uma vacina eficaz que possa atingir toda a população mundial, a OMS (Organização Mundial da Saúde) acredita que os números da pandemia sigam crescendo.

Até lá, os moradores relaxaram, usando as máscaras faciais de forma errada – no queixo – ou abandonando-as enquanto lotam shoppings centers. “Wuhan renasceu. A vida voltou a ser o que era antes. Todos nós que moramos em Wuhan nos sentimos bem”, disse An An, residente na cidade. 

“Quando a epidemia estourou, nunca imaginei que o número de mortes pudesse ser tão alto. Superou tudo o que se pode imaginar e continua subindo”, disse Guo Jing, outro residente de Wuhan.

As informações são da agência internacional AFP.

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