Uma projeção feita pelo governo paraguaio revela que, em virtude da pandemia do  mais de 25 mil pessoas que deixaram o País estão planejando fazer o caminho inverso. Desse total, 3.500 já se registraram nos consulados e nas embaixadas. A maioria vive no Brasil e quer evitar uma contaminação já que a legislação está mais frouxa nos últimos dias em algumas cidades.

Segundo o assessor de Assuntos Internacionais do  , Federico González, os pedidos de retorno dos paraguaios crescem a cada dia. Entretanto, segundo ele, a autorização ainda é gradual, uma vez que no País ainda não abrigos suficientes para acolher todas as pessoas.

“Mais de três mil pessoas já passaram pelos abrigos. Esses compatriotas estão retornando com autorização especial e cumprem uma condição humanitária de saúde ou vulnerabilidade econômica”, afirmou  González.

Refugiados

Diariamente cerca de 200 paraguaios ocupam a Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad Del Lest.  Eles  deixam São Paulo e engrossam a fila dos chamados “Refugiados Sanitários” uma nova categoria que surgiu com a crise do coronavírus e acabam “morando” no local à espera de permissão para voltarem para casa.

Mesmo com as repetidas orientações contrárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), os paraguaios passam várias horas e até mesmo dias aglomerados na ponte, até que conseguem sinal verde para retornar a sua terra , com a esperança de receberem ajuda de parentes e amigos. A autorização depende, segundo o ABC Color, do Conselho de Defesa Nacional.