Os pais de 545 crianças  que foram separadas deles nos Estados Unidos após terem cruzado a fronteira ilegalmente não foram localizados, informou nesta terça-feira (20) a associação de American Civil Liberties (ACLU). O órgão é um dos que ajuda a reunir as famílias após uma decisão judicial.

Sob o programa de tolerância zero para imigração ilegal, o governo dos Estados Unidos começou a separar as crianças de seus pais em maio de 2018, gerando críticas nos EUA e em todo mundo. O plano foi concebido para conter o fluxo crescente de imigrantes sem documentos, a maioria deles famílias da América Central que fugiam da pobreza e da violência em seus países, e levou à separação de 2.700 crianças de seus pais.

Porém, após uma onda de indignação nacional e internacional, o presidente anunciou, seis semanas depois, que suspenderia a separação das famílias, a menos que os pais representassem um “risco” para seus filhos.

Em junho de 2018, uma juíza federal de San Diego, na Califórnia, determinou que as famílias fossem reunidas. Em poucas semanas, centenas de crianças reencontraram os pais.

Na fase piloto, vários adultos separados de seus filhos foram deportados antes da ordem judicial e não puderam ser localizados. Para encontrá-los, a Justiça determinou a criação de um comitê, com a participação da ACLU e de outras organizações defensoras dos direitos humanos.

(Com agências)