Fundador da marca CrossFit, Greg Glassman, anunciou sua aposentadoria após 20 anos, depois de causar uma crise na empresa. Tudo começou com uma publicação ‘irônica' no Twitter, em que critica a pandemia do coronavírus e faz uma relação com as manifestações antirracistas ocorridas nos EUA, por causa do assassinato de George Floyd.

Na semana passada, Glassman criticou uma publicação do instituto da saúde dos EUA, que classificou o como problema de saúde pública. ‘É o FLOYD-19', comentou Glassman, que horas antes teve uma declaração vazada, feita durante reunião com donos de academias.

“Nós não estamos de luto por George Floyd. Não acho que eu, ou alguém do meu staff esteja” disse.

Com a repercussão, Glassman voltou ao Twitter e aprofundou a crise ao criticar o ‘fracassado modelo de quarentena' defendida pelo instituto, e fazer alusão com os protestos antirracistas.

“Seu modelo fracassado nos colocou em quarentena e agora você vai modelar uma solução para o racismo? O assassinato brutal de George Floyd provocou tumultos em todo o país. A quarentena sozinha é ‘acompanhada em todas as épocas e sob todos os regimes políticos por uma corrente de suspeitas, desconfianças e tumultos'. Obrigado!”, tuitou.

Depois disso, ele começou a perder afiliados pelo mundo e parceiros como a Reebok. Na terça-feira (9), ele anunciou a aposentadoria. Em seu lugar, assumiu Dave Castro, 42 anos, então mentor dos Crossfit Games

No Brasil, muitos parceiros da marca aprofundou aborrecimentos com a matriz, que já era acusada de não dar apoio durante a quarentena. A alta do dólar, que encareceu a taxa anual cobrada pela empresa, é outro agravante, dizem os afiliados que planejam deixar a marca.

“Para nós ‘Black Lives Matter'”, postou a CrossFit Arzo One, de Porto Alegre. O Wod Social Games, que reúne praticantes da modalidade também manifestou repúdio a Glassman.