Evo Morales elogia Grupo de Lima por rejeitar intervenção na Venezuela
O presidente boliviano Evo Morales disse nesta quarta-feira que seus oponentes estão tentando encenar um golpe contra ele, à medida que crescem os protestos sobre o resultado da eleição presidencial que ele afirma ter vencido. As suspeitas de fraude eleitoral começaram quando autoridades pararam abruptamente de divulgar os resultados da contagem rápida dos votos, horas […]
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O presidente boliviano Evo Morales disse nesta quarta-feira que seus oponentes estão tentando encenar um golpe contra ele, à medida que crescem os protestos sobre o resultado da eleição presidencial que ele afirma ter vencido.
As suspeitas de fraude eleitoral começaram quando autoridades pararam abruptamente de divulgar os resultados da contagem rápida dos votos, horas depois que as pesquisas mostravam Morales à frente dos outros oito candidatos, mas vários pontos percentuais aquém do necessário para evitar um segundo turno, que seria inédito em seus quase 14 anos no poder.
O presidente, no entanto, reivindicou uma vitória definitiva na noite de domingo, dizendo aos apoiadores que os votos a serem contados – principalmente das áreas rurais, onde ele é mais popular – seriam suficientes para dar a vitória direta a ele.
O adversário de Morales, Carlos Mesa, alegou fraude e os observadores internacionais da eleição expressaram preocupação com a inexplicável diferença de um dia no relatório de resultados.
Autoridades bolivianas disseram, nesta quarta-feira, que a contagem foi interrompida novamente porque houve ataques a centros de contagem de votos em três regiões, impedindo a tabulação final dos resultados.
“Quero denunciar diante do povo boliviano e do mundo inteiro: um golpe de Estado está em andamento, mas quero dizer que já sabíamos anteriormente. “A direita preparou um golpe de Estado com apoio internacional”, disse Morales em entrevista coletiva, em La Paz. Ele não especificou de onde vem o suposto apoio internacional ao golpe, mas costuma se opor ao imperialismo dos Estados Unidos na América Latina.
Os observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram explicações. A União Europeia e a Organização das Nações Unidas expressaram preocupação e pediram calma. Os Estados Unidos e o Brasil, entre outros, também mostraram preocupação.
Em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, demonstrou apoio ao seu aliado boliviano. “É um golpe de Estado predito, cantado e, pode-se dizer, derrotado”, afirmou Maduro. Fonte: Associated Press.
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