Papa muda doutrina da Igreja e pena de morte passa a ser inadmissível

Por ordem do papa Francisco, a Igreja Católica alterou sua doutrina sobre a pena de morte, que passa a ser considerada inadmissível em todos os casos, anunciou o Vaticano nesta quinta-feira (2). A mudança foi incluída no Catecismo da Igreja Católica, a compilação oficial da doutrina da religião. “A Igreja ensina, à luz do Evangelho, que a pena […]

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Papa Francisco. (Foto: reprodução/Vatican News)
Papa Francisco. (Foto: reprodução/Vatican News)

Por ordem do papa Francisco, a Igreja Católica alterou sua doutrina sobre a pena de morte, que passa a ser considerada inadmissível em todos os casos, anunciou o Vaticano nesta quinta-feira (2).
A mudança foi incluída no Catecismo da Igreja Católica, a compilação oficial da doutrina da religião.
“A Igreja ensina, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação por sua abolição em todo o mundo”, afirmou o pontífice em uma audiência concedida ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável pela defesa das tradições católicas.
Antes disso, a Igreja já era critica da pena de morte, mas autorizava seu uso em algumas circunstâncias,  quando “era o único jeito possível de defender efetivamente a vida humana conta agressões injustas”, dizia a doutrina.
Mas desde o papa João Paulo 2º, morto em 2005, a Igreja já vinha restringindo o apoio a prática e Francisco já tinha condenado seu uso publicamente.
Segundo o novo comunicado, a antiga regra já não funcionava mais porque há novas formas de proteger a sociedade. “Há um entendimento cada vez maior de que a dignidade da pessoa não está perdida mesmo após a prática de crimes muito sérios”, diz o texto.
“Além disso, surgiu um novo entendimento sobre o significado das sanções penais impostas pelo Estado. Por último, foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que asseguram a devida proteção aos cidadãos, mas ao mesmo tempo, não privam definitivamente os culpados da possibilidade de resgate”.