Empresa deve enfrentar julgamento rigoroso no país
Enquanto no Brasil o acordo de delação premiada da empresa com a Justiça foi visto como brando, nos EUA a JBS pode ser sujeita à lei anticorrupção local, que prevê penas severas para ilíticos cometidos em qualquer lugar do mundo.
Casos como os da JBS “que podem ter mais impacto”, por se tratar de uma grande empresa, costumam ser facilmente enquadrados na legislação anticorrupção estadunidense, explica o professor de Legislação Anticorrupção, Andrew Spalding.
No país norte-americano, o julgamento da empresa de frigoríficos deve atrair os olhos de procuradores federais americanos, por se tratar de um escândalo de uma grande empresa, o que gera uma enorme visibilidade.
Para criminalistas ouvidos pelo jornal Estadão, a presença de Joesley Batista, dono da JBS, em Nova York, é um indício de que as negociações com o Departamento de Justiça dos EUA já estão em andamento.
A JBS disse, em nota, que “está cooperando com as autoridades para solucionar as questões em aberto e está focada em encontrar um desfecho adequado num prazo razoável”. OS EUA são responsáveis por 47% do faturamento anual da da empresa, equivalente a R$ 170 bilhões.
(com supervisão de Evelin Cáceres)