Salvatore foi condenado a prisão perpétua
A Corte da Cassação da Justiça da Itália abriu a possibilidade de Salvatore ‘Totó’ Riina, o lendário chefe da organização Cosa Nostra, ser liberado da prisão para ter o “direito de morrer dignamente”.
O tribunal avalia um pedido da defesa de Salvatore, que pede a libertação do chefe devido à avançada idade e às doenças renais do mafioso. O pedido já foi aceito pela Primeira Seção Penal do Supremo.
No Tribunal de Bolonha, o pedido de liberdade havia sido negado, no último ano, pois os juízes entederam que as doenças de Salvatore eram monitoradas, e que quando fosse necessário, ele poderia ser levado imediatamente para o hospital de Parma.
Mas, para o Supremo, se o juiz precisa verificar e motivar “se o estado de detenção carcerária comporta um sofrimento e uma aflição de tal intensidade”, isso vai “além da legítima execução de uma pena”.
Para a Corte de Cassação, o preso teria o direito de “morrer dignamente”, considerando estar exposto a “eventos cardiovasculares inesperados e não previsíveis”.
Salvatore comandou o clã dos Corleone, o mais famoso da máfia Cosa Nostra. Ele instaurou um período de terror na Sicília, na Itália, entre os anos 80 e 90, sendo considerado o mais sanguinário mafioso italiano da história.
Salvatore é culpado pelo assassinato dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que lideravam as investigações sobre a máfia sua relação com as autoridades italianas. Pelos assassinatos, o mafioso foi condenado à prisão perpétua.
(com supervisão de Evelin Cáceres)