Declaração foi feita por chefe de gabinete de Trump

O decreto anti-imigração de , que afeta muçulmanos e refugiados que queiram entrar nos Estados Unidos, não se aplica a portadores de Green Card, afirmou um alto funcionário da Casa Branca, em meio a confusões e raiva sobre a polêmica medida. As informações são da Agência France-Presse.

O chefe do gabinete de Trump, Reince Priebus, disse à emissora NBC, durante o programa Meet the Press, que a proibição temporária “não inclui portadores de Green Card”. Priebus  também acrescentou que qualquer pessoa que esteja indo ou voltando para os países em questão – incluindo cidadãos americanos – serão submetidos a uma inspeção adicional.

O chefe de gabinete foi questionado pelos repórteres se a ordem executiva de Trump assinada na sexta-feira (27) afetaria portadores de Green Card, contrariando as recomendações do Departamento de Segurança Interna.

O Green Card, documento concedido pelo Departamento de Segurança Interna que permite que pessoas nascidas fora dos Estados Unidos possam morar e trabalhar dentro do país, serve como prova de que seu portador é residente permanente e, muitas vezes, está na fila para obter a cidadania americana.

“Nós não passamos por cima do Departamento de Segurança Interna. No que se refere aos portadores do Green Card, isso não os afeta”, declarou Priebus à NBC.

Sobre o impacto da ordem executiva de Trump sobre os cidadãos norte-americanos, acrescentou: “acredito que se você é um cidadão americano indo ou voltando da Líbia você deveria ser submetido a algumas perguntas quando chegasse ao aeroporto”, afirmou.

Priebus também sugeriu que a atual proibição – que afeta viajantes do Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen – poderia, eventualmente, ser expandida. “Talvez outros países precisem ser acrescentados à ordem executiva, mas ao invés de fazer isso de uma forma ligeira, que passaria rapidamente, nós usamos sete países” já selecionados.

Uma juíza federal divulgou no sábado a suspensão de algumas partes do decreto de Trump, porém, o Departamento de Segurança Interna e a Casa Branca insistiram neste domingo que a ordem permanece em vigor.